PENDRAGON é uma daquelas raras bandas Progressivas completamente desprovidas de postura musical. Eles simplesmente seguem seus doces corações, colocam a sua música em chamas e você não pode deixar de engolir tudo com muito gosto. Se você está procurando um momento genuinamente bom e sem amarras, raramente encontrará uma música que envolva tanto a mente, o corpo e o espírito de uma só vez.
Iniciando "The World" que se tornaria um dos discos clássicos da banda, "Back in the Spotlight" se apresenta como um Rock contagiante e uma abertura perfeita. Uma típica composição Neo-Prog, poderosa o suficiente para prender sua atenção e fazer você esperar por novas vibrações. Quanto aos 12 minutos de "The Voyager", pode se escrever sobre suas melodias cativantes, mudanças de tempo apropriadas, temas fluidos e mesmo assim esses comentários não fariam justiça a musica. Digamos que "The Voyager" apresenta a essência do que é o PENDRAGON. Trata-se de um belo mini-épico com bela atmosfera sinfônica, mas de qualquer maneira aqui e ali é possível discernir algumas passagens Floydianas e temperos Folk. "Shane" e "Prayer", as próximas faixas mantêm o álbum de bom humor, mesmo não sendo espetaculares. Novamente a mesma direção ouvida anteriormente está presente em ambas as músicas: bons vocais e instrumentação, musicalidade extra-aguda constante da banda perseguindo seu objetivo de mostrar o conceito que está por trás. "Queen of Hearts", é uma peça dividida em 3 segmentos independentes, é o último épico do álbum e que momento incrível e agradável nos foi presenteado: vozes e instrumentos trabalham em harmonia, mas ainda podem ser vistos individualmente e isso é ótimo. A primeira parte é uma melodia suave com um sabor Floydiano que introduz a próxima. "A Man Could Die Out Here" que apresenta uma peça muito emocionante de Neo-Prog instrumental, é simplesmente inebriante! O último terço da trilogia, "The Last Waltz", não é uma valsa, mas um número mid-tempo, quase cantado, que não deve muito ao Progressivo. Um epílogo digno e emocionante, simplesmente adorável. A última faixa, "And We'll Go Hunting Deer" fecha o disco de maneira extravagante, mas agradável à sua maneira. Ótimo fechamento.
Este é um bom álbum, beirando o reino das obras-primas e um trabalho recomendado para iniciantes em Neo-Prog. A musicalidade ao longo do álbum é exemplar, os teclados um deleite puro e a percussão tão forte quanto possível.
EXTREMAMENTE RECOMENDÁVEL! ☆☆☆☆
Tracks:
1. Back In The Spotlight (7:39)
2. The Voyager (12:15)
3. Shane (4:25)
4. Prayer (5:21)
5. Queen Of Hearts (21:46)
a) Queen Of Hearts
b) ... A Man Could Die Out Here ...
c) The Last Waltz
6. And We'll Go Hunting Deer (7:14)
Time: 58:59
Bonus Track on 2009 & 2013 reissues:
7. Sister Bluebird (7:48)
Musicians:
- Nick Barrett / guitars, vocals
- Clive Nolan / keyboards
- Peter Gee / bass
- Fudge Smith / drums
Discografia recomendada:
1984 • Fly High Fall Far
1985 • The Jewel
1986 • 9:15 Live
1988 • Kowtow
1991 • The World
1993 • The Window Of Life
1993 • The Very Very Bootleg Live in Lille France 1992
1996 • The Masquerade Overture
1997 • Live In Krakow 1996
2001 • Not of This World
2002 • Acoustically Challenged
2004 • Liveosity
2005 • Believe
2008 • Pure
2009 • Concerto Maximo
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