JUBAL TROUPE ● Negative
Revealed ● 2022
●
Brazil [Crossover Prog]
Conheci JUBAL TROUPE quando haviam lançado seu
primeiro EP, e ainda se chamavam JUBAL TROUPE ECLETIC ROCK. Posteriormente,
esse primeiro trabalho foi incorporado na íntegra em seu debut, “Negative
Revealed”, de 2022, até o momento seu único lançamento. O líder do grupo é o
baixista Jarbas Loop. Ele já tinha
experiência no rock progressivo, pois fizera, mais de 20 anos atrás, parte do
grupo ACIDENTE. A respeito da decisão pelo nome da banda, segue a descrição
dada por eles mesmos: “segundo relatos de um antigo livro sagrado, Jubal foi o
primeiro a criar instrumentos musicais [em Gn 4.21, segundo a banda]. Por que
não acreditar que já, naquele tempo, ele tocou um bom e velho rock and roll, ou
mesmo um blues de raiz, em meio ao caos que já imperava em sua época?”
Atualmente (essa resenha é de outubro de 2024) a
banda está com uma formação diferente. Saulo
Lira assumiu os teclados, e agregaram um vocalista, Luan Gabriel.
Vamos às minhas observações sobre a obra. As seções
rítmicas são envolventes, com ênfase na tríade bateria-guitarra-baixo. O disco
é inteiramente instrumental.
Na 1ª faixa há algumas inserções de piano, e um bom
fraseado na guitarra, que vai e volta na composição.
A 2ª faixa tem uma introdução blues; sobrevém um
fraseado gostoso no piano, com uma guitarra vibrante, aumentando a energia. Na entrada
da bateria, ficam ainda mais dinâmicos. E com as alterações constantes nas
harmonias, cativam minha atenção e apreciação dessa composição.
A faixa seguinte tem em seu início seções rítmicas
menos ricas; na verdade, até um tanto quanto simplórias. O piano até que traz
um charme, salvando um pouco esse trecho da música. Contudo, quando quase que
repentinamente há uma mudança na cadência e viradas da bateria, a música
melhora muito. Há um bom solo de sintetizador, e vão repetindo com
sensibilidade as seções rítmicas mais interessantes.
A 4ª faixa é suave, tem uma boa execução nos
sintetizadores, e uma harmonia envolvente entre baixo e guitarra, potencializados
pelos outros instrumentos; esplêndido.
Na 5ª faixa as execuções são um pouco mais
aceleradas, chegando até a se assemelhar a um jazz-rock. Fabulosos fraseados são
realizados por todos os instrumentos. Antes de terminar fazem umas mudanças
inusitadas nos compassos, e jogam uns solos jazzísticos gostosos.
Um piano incrível abre a 6ª faixa, junto com a
bateria. É a introdução para uma guitarra bem blues. O sax também se apresenta
no mesmo clima.
A 7ª faixa é a mais progressiva; mas como a achei
confusa, a classifico como (apenas) boa e também a música menos interessante da
obra.
A última faixa começa lírica e suave, de repente
guitarra e bateria entram acelerados. Os instrumentos fazem viradas criativas e
consistentes.
Referências? Focus e Foreigner.
Fizeram o lançamento desse trabalho numa das
edições do Carioca Prog Festival, apresentando-se no Teatro Municipal de Niterói.
Tracks:
01.
Save me from Myself (4:15)
02. Lone
Traveller (4:27)
03. Rays
of the Sun (5:12)
04. Violation
of Good (5:24)
05. Patchwork
(5:50)
06. The
Blue Blues (5:27)
07. Gome
Mountains (4:18)
08.
Lucidity (6:05)
Musicians:
- Apolo de Paula – keyboards.
- Jarbas Loop – bass.
- Márcio Neves – drums.
- Rodrigo Barata – saxophone, flute.
- Tácito Savoya – guitars.
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