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sábado, setembro 28

MAESTRICK Espresso della Vita – Solare 2018 Brasil [Prog-metal]

A banda foi formada em São José do Rio Preto, São Paulo, no ano de 2006. Segundo o vocalista, esse álbum propõe uma observação da vida humana como se fosse uma viagem de trem. E, segundo consta no site oficial deles, garantiu a assinatura de um contrato de cinco anos com a gravadora japonesa Marque/Avalon.

A primeira faixa é toda instrumental. Harmonias bem trabalhadas, bons fraseados de guitarra. O tempo todo preenchem bastante os espaços, o que traz uma intensidade à composição. Na segunda faixa, continuação da anterior, os vocais entram no início. Em inglês. Os espaços são preenchidos com menos intensidade, mais na linha crossover prog, quase heavy. Gostei das inserções ao piano. No final as harmonias vocais ficam muito boas. A bateria costuma fazer apenas uma função de apoio mesmo, não costuma tomar à frente nas execuções. A 3ª faixa começa com uma viola caipira, muito bem executada; envolvente. Fica pouco tempo, quando a guitarra a engole e a viola sai de cena. Nessa ocasião ficam mesmo mais prog metal. Em dado momento há uso de triângulo, em curta passagem mais suave. Na segunda metade da música, há umas mudanças nos compassos e nas combinações instrumentais, enriquecendo a composição. A faixa seguinte começa mais para crossover prog. Boas harmonias vocais. As seções rítmicas são mais suaves e ligeiramente groovy. Como ocorreu com as faixas prévias, os solos (quase) sempre ficam a cargo da guitarra.

Em “Water Birds” uma belíssima introdução nas cordas, com vocais inspirados, a bateria mais inventiva e variada. Os sintetizadores também estão, embora em segundo plano geralmente, mais versáteis. As cordas seguem apoiando em algumas ocasiões, entoações de vocais femininos circundam brevemente o ambiente. Um solo de guitarra, em tons graves, que vão gradativamente indo para os agudos, faz uma consistente contribuição. A faixa seguinte poderia ser classificada como um bom AOR. Quando passa para “The Seed” sobrevém um coral meio religioso. Um violão levemente espanhol, como se estivesse lamentando, apóia o vocalista. Seus 15min de duração são divididos em 12 partes. Não consigo identificar bem as transições entre elas, mas há sim uma sensação, para o ouvinte, de estar escutando uma suíte. Pois algumas mudanças na composição acontecem. Bem no finalzinho o instrumental é fantástico. A bateria procura se assemelhar, no início da maior da próxima composição, “Far West”, a um galope acelerado. No decorrer da música faz umas variações. Na segunda metade um piano como dos filmes de faroeste faz uma pequena contribuição.

A faixa a seguir começa com um violão e vocais levemente blues. O vocalista fica bem inspirado novamente. A bateria começa suave. Fazem umas harmonias mais pesadas, mas por pouco tempo. Harmonias melodiosas, com uso do piano, e timbres delicados nos sintetizadores, vão preparando o terreno para esplêndidas combinações vocais.

Nesse parágrafo quero acentuar que todos os vocalistas são bons, e considero espetaculares as harmonias, em praticamente todo o disco.

“Penitência” é uma deliciosa e potente exibição de mangue beat com progressivo. Não sei se é pelo fato de estarem cantando em sua língua nativa, mas nessa faixa a firmeza e energia do canto estão combinando perfeitamente com o instrumental. Nas faixas anteriores a combinação fica um pouco abaixo da perfeição.

A penúltima faixa é cantada em inglês e espanhol. Cumpriram bem a proposta, encontrando os espaços entre as instrumentações. E a última faixa tem em seu início uma parceria gostosa entre um sintetizador-quase-piano, o violão, e ótimo uso dos pratos. Os vocais estão mais sóbrios, algo que gostei muito, soa bem mais natural. Em alguns momentos os vocais voltam a ficar com aquele tom levemente gritado. Gostei das variações nas seções rítmicas e do solo de sintetizador. Lindas vocalizações femininas ao final antecedem a finalização decrescente, sensível, com vocalista acompanhado ao piano.

 

Faixas:

 

01. Origami (2:13)

02. I a.m. Living (6:29)

03. Rooster Race (6:10)

04. Daily View (2:31)

05. Water Birds (4:32)

06. Keep Trying (5:02)

07. The Seed (15:34)

08. Far West (4:31)

09. Across the River (5:12)

10. Penitência (4:48)

11. Hijos de la Tierra (7:50)

12. Trainsition (11:07)

 

Músicos:

 

- Fábio Caldeira / vocais, piano, teclados, viola caipira (3), violões (5,7)

- Renato "Montanha" Somera / baixo, guturais

- Heitor Matos / bateria & percussão

 

Com:

- Adair Daufembach / guitarras solo e rítmicas (1,4-12)

- Rubinho Silva / violão folk (9,12)

- Luís Fernando Freitas / congas, bongos, triângulos, alfaia, pandeiro, afoxé, ganzá, egg shake, agogô, block, berimbau, cuíca, surdo, vibraslap, chime (3,9-12)

 

- Bárbara Silva / vocais (9)

- Rosecler Caldeira / vocais (10)

- Cíntia Santibañes / vocais (11)

- Alonso Zelaya / backing vocals (11)

- Ana Barajas / backing vocals (11)

- Rodrigo Pimentel / banjo & dobro (8)

- Leonardo Almeida / ukulele (11,12)

- Eduardo Caldeira / fala (11)

- Giovana Salles / fala (12)

 

Coro Solare:

- Malu Oliveira / soprano

- Danielle Castro / soprano

- Michelle Maia / soprano

- Audrey Sarraceni / alto

- Mayara Martinelli / alto

- Carolina Penhavel / alto

- Camila Souza / alto

- Fernanda Barban / alto

- Will Matos / tenor

- Daniel Oliveira / tenor

- Paulo Camillo / tenor

- Kelvin Miura / tenor

- Victor Castro / tenor

- Maurício Lopes / bass

- Natan Custódio / bass

- Fábio Caldeira / bass

 

Orquestra Solare:

- Adriano Reis / violino

- Ana Camila Castilho / violino

- Camila Schneck / violino

- Eduarda Ito / violino

- Guilherme Caldas / viola

- Walisson Cruz / violoncelo

- Elvis Plácido de Oliveira / tímpano, Gran Casa

- Pablo Alayza / flauta




Discografia:

 

2010 ● H.U.C. EP.

2011 ● Unpuzzle!

2016 ● The Trick Side of Some Songs. EP.

2018 ● Espresso Della Vita – Solare.

2022 ● Maestrickmas. EP.


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