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domingo, junho 16

CIRKUS ● One ● 1973 ● Reino Unido [Eclectic Prog]


Formado por membros das extintas bandas MOONHEAD e LUCAS TYSON, na cidade de Sunderland, em 1973. Nesse mesmo ano lançam sua obra máxima, com o título "One". Algumas mudanças na formação aconteceram antes do grupo se desfazer no início dos anos 80. 21 anos depois desse disco um dos integrantes ressuscita o nome da banda, com outros dois músicos. Daí em diante se seguem mais alguns lançamentos, alguns dos quais até contaram com outros integrantes da formação original. Abaixo seguem esses trabalhos.

Esta resenha avalia o álbum "One" música por música. Minha edição em CD é da japonesa Belle Antique. É a única edição que ouvi e posso garantir que fizeram um ótimo trabalho. Com exceção das quatro faixas bônus, que poderiam perfeitamente ter sido excluídas. A gravação dessas está horrível.

Gosto muito das bandas que trabalham duro nas harmonias vocais. Um canto elaborado e complexo transforma esse aspecto em outro(s) instrumento(s). Este álbum é um belo exemplo.
 
Na primeira faixa, a execução dos instrumentos começa sólida, e o uso de cordas traz um ar pomposo à composição que fica ao fundo. Alguns arranjos destes instrumentos são particularmente esplêndidos, e não apenas um complemento às harmonias. Fazem parte da sua estrutura, especialmente dos sons que constituem o seu segundo plano.
 
Na próxima faixa a batida desacelera um pouco. A guitarra, que antes começava e permanecia aguda a maior parte do tempo, agora faz alguns entrelaçamentos rítmicos, mas também entrega alguns solos. Os acordes trazem algum lirismo à música; sem tirar espaço para a força da percussão e dos instrumentos de sopro.
 
A abertura da terceira faixa é arrebatadora. A parceria guitarra/sintetizador é notável. As marcações dos pratos e bumbo são firmes e claras. A gama de vocais se torna mais penetrante. É quase uma música rock, mas a variedade de tons, matizes, preenchimentos de bateria e as sutis mudanças de arranjos dão uma riqueza colorida à composição que a tornam indiscutivelmente progressiva.
 
Uma melodia linda e charmosa no violão é tocada na próxima faixa. O cantor adota um tom mais melancólico, mas sem se tornar muito “doce”. Ele aumenta gradualmente os agudos com coerência e extensão. Acordes e seção de sopros mais uma vez conferem riqueza à composição, desta vez passo a passo. O solo de guitarra que fecha essa música é genial.
 
Uma melodia bastante simples ocupa o primeiro terço da 5ª faixa. Deste ponto em diante a execução melhora, mas não o suficiente para manter o alto nível do disco até agora. De qualquer forma, também é uma boa audição.
 
A próxima faixa começa com uma mistura consistente de moog, guitarra, bateria e um excelente baixo. Uma guitarra rítmica, com um solo de guitarra ao fundo, dá uma dramaticidade elegante no dueto com os vocais. O arranjo de acordes no meio da música começa fora de contexto, mas brevemente se encontra. Além disso, eles crescem em um ritmo envolvente. É uma pena que esta faixa termine de forma um tanto abrupta.
 
A diversidade de ritmos, andamento, combinação de arranjos e instrumentação provavelmente torna a 7ª faixa a mais inventiva e complexa do disco. Incrível.
 
Em compensação, a faixa contígua é a mais simples desta obra. Até fica um tanto repetitiva antes de terminar. Os vocais são de medianos a bons.
 
A instrumentação é próspera e genuinamente inspirada na última faixa, principalmente nos dois primeiros terços de sua extensão. Acordes, bateria, vocais, violão são muito intensos. Às vezes eles mudam para uma performance mais melancólica, mas agradável. E mais para o final tem um esplêndido riff de guitarra com uma bateria substancialmente criativa.

highlights ◇
Tracks:
01. You Are (3:20)
02. Seasons (3:37)
03. April '73 (5:04)
04. Song for Tavish (4:35)
05. A Prayer (5:37)
06. Brotherly Love (3:49)
07. Those Were the Days (3:54)
08. Jenny (4:09)
09. Title Track (7:31) :
      i. Breach (4:19)
      ii. Ad Infinitum (3:12)
Time: 41:36

Bonus 7" single from 2015 SE:
01. Castles (2:54)
02. The Heaviest Stone (4:55)

Musicians:
- Paul Robson: lead vocals
- Dog: electric & acoustic guitars
- Derek G. Miller:  organ, piano, Mellotron
- John Taylor: bass
- Stu McDade: drums, percussion, backing vocals
 
Obs:
- Tony Hymas / arranger & conductor. Meu encarte está em japonês e as fontes que costumo consultar não fornecem as informações de quem é conduzido e/ou quais são os instrumentos.

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