terça-feira, julho 30

TAURUS • Opus III - Research • 2013 • Chile [Symphonic Prog]


Esse terceiro trabalho da banda chilena de um homem só, TAURUS é uma espécie de álbum conceitual relacionado com os mares (ilhas e arquipélagos) na terra e na lua, porque até a menção de Empédocles poderia estar relacionada com o vulcão submarino, mas sendo um álbum instrumental, é sempre difícil contar. "Opus II" tem seu início com "Tranquility" e seu impressionante solo de piano que parece levar a uma faixa sinfônica, mas com o passar do tempo começa a se transformar em Prog eletrônico com reminiscências de Vangelis, funcionando como uma introdução ao álbum, quase como um prólogo dramático. Uma abertura deliciosa.

As primeiras notas de "Pacific" lembram instantaneamente "Moonmadness" do CAMEL, mas depois de alguns minutos é óbvio que estamos diante de uma faixa mais dinâmica, com mudanças constantes e cheia de surpresas. Normalmente o ponto mais fraco de um homem que atua como o TAURUS é a percussão, sendo que muitos multi-instrumentistas optam por baterias eletrônicas, mas Claudio Momberg é um baterista muito sólido e seu trabalho com toda a seção rítmica é impressionante. As seções Mellotron são um sonho tornado realidade para os fãs do GENESIS.

Em "Nord" apesar das evidentes influências de Rick Wakeman (era "Criminal Record"), mostra que estamos diante de algo único, porque ao contrário de Rick, Claudio Momberg não tem a pretensão de fazer um álbum baseado em teclado, então ele dá mais ênfase na percussão e no baixo, criando uma atmosfera estranha e quase misteriosa. "Mediterranean" nos remete ao Symphonic de inspiração clássica, com um som quase orquestral criado basicamente com sintetizadores, uma faixa agradável e relaxante que serve de intermezzo antes da agressiva "Tuamotu" desta vez mais próximo do Neo-Prog devido ao uso vibrante de guitarra que lembra MAGENTA e PENDRAGON, uma bela combinação de faixas que ajuda a manter a coerência e o equilíbrio do álbum.

"Empedocles" é pura eletrônica espacial com uso massivo de sintetizadores no estilo de Vangelis e até Jean Michel Jarre, mas uma boa mudança, especialmente quando seguida por "Tyrrhenian" de orientação eletrônica mais suave e por "Serenitatis" de inspiração clássica. A ordem das faixas e a combinação de estilos é feita de forma tão cuidadosa que nunca perde a coerência ou a lógica, o álbum é equilibrado da melhor forma possível. Simplesmente brilhante. O álbum encerra com a extremamente delicada "Kermadec", uma bela faixa que resume o espírito do álbum.

Esse é um dos melhores lançamentos instrumentais de 2013, indicado para amantes de teclados e de Prog sinfônico. Confira!

                                        highlights ◇
Tracks:
1. Movement I - Tranquility (4:22)
2. Movement II - Pacific (13:10)
3. Movement III - Nord (4:35)
4. Movement IV - Mediterranean (5:11)
5. Movement V - Tuamotu (5:20)
6. Movement VI - Empedocles (7:09)
7. Movement VII - Tyrrhenian (4:56)
8. Movement VIII - Serenitatis (6:02)
9. Movement IX - Kermadec (3:44)
Time: 54:29

Musicians:
- Claudio Momberg / performer, composer, production & mixing

MP3 320K

CRONOLOGIA

(2011) Opus II - Impressions
Opus IV - Elevations (2014)

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