A principal diferença entre "Epilog", este segundo trabalho do ÄNGLAGÅRD e seu primeiro, "Hybris" é que este álbum é muito mais maduro. Seu próprio som é mais desenvolvido, o ouvinte ainda percebe a influência no som referentes a KING CRIMSON e GENESIS, mas agora parece bem mais distante. A ausência da voz de Tord Lindman pode satisfazer os fãs que acreditavam que ele era fraco e talvez muito feminino, mas o som é mais frio sem ele, se percebe que algo está faltando, mesmo para quem não é um fã particular de seus vocais. A música é mais forte e menos derivada, mas perderam aquele charme ingênuo que tinham em 'Hybris".
O álbum começa com "Prolog" (Prologue), e que maneira de começar. Uma música deliciosa, qualquer pessoa que não sabe sobre ÄNGLAGARD vai qualificar esta pista como Música Clássica e não Prog Rock. A atmosfera barroca alcançada com a guitarra, violino (por Martin Oloffson que é um convidado) e teclados é simplesmente perfeita, é triste, melancólica, mas muito bonita. No final você sente que dois minutos não são suficientes, eles deveriam ter feito essa música 5 vezes mais longa. "Hostejd" (Rites Of Fall) é uma canção onde toda a banda mostra o quanto eles amadureceram. Há uma clara inspiração em KING CRIMSON, mas eles trabalham para que isso seja menos evidente do que nunca. As mudanças abruptas se encaixam perfeitamente um após o outra, o trabalho de toda a banda é incrível, mas a flauta de Anna Holmgren é aquela que carrega o peso da faixa. Há também um grande trabalho de bateria por Mattias Olsson, que está mais envolvido tecnicamente do que em "Hybris" "Rosten" (The Voice) realmente não merece um comentário, 14 segundos de sons quase não audíveis não dá muito o que falar. "Skogsranden" (Eaves of the Forest) começa com um semi-solo de flauta por Anna, logo seguido pelo piano, novamente a banda toma o caminho da Música Clássica, mas desta vez menos barroca e mais romântica até o piano e órgão anunciarem outra explosão de som que nos lembra que estamos lidando com uma banda Prog-Rock muito complexa que pode ir do clássico ao Rock e, em seguida, introduzir um teclado suave e seção de coros. Nesta faixa Thomas Johnson é excelente, ele usa piano, órgão e mellotron com habilidades iguais. A canção termina com mais uma surpresa para o ouvinte, uma seção instrumental complexa Hard. "Sista Somrar" (The Last Summer) começa com um piano suave que funciona como uma introdução acompanhado do violino bem delicado e guitarra. A música permanece calma e tranquila até cerca de 6 minutos de duraçãp, quando começam as complexidades, inciando com uma passagem forte seguido de um seção quase silenciosa que leva novamente para outro acorde explosivo e ritmado, onde toda a banda mostra o que eles são capazes. Antes do final, há uma guitarra e uma bateria que me faz lembrar de FOCUS, especialmente pelos solos semelhantes a Jan Ackerman, essa semelhança é mais evidente quando Anna se junta com a sua flauta. Uma música muito complexa. O álbum termina com "Saksnaden Fullhet" (The Fullness of Longing) outra faixa curta, que pode facilmente ser confundida com música clássica, contando apenas com um piano triste e melancólico. Simples e bonita.
Em resumo "Epilog" é um disco bonito e poderoso como "Hybris" e provavelmente mais complexo, para a maioria dos fãs é a sua obra-prima, devido ao trabalho ter um conteúdo mais sólido, mas ainda sente-se a ausência dos vocais criticado de Tord Lindman e a simplicidade que deixaram para trás.
highlights ◇
Tracks:01. Prolog (2:00)
02. Höstsejd (15:32)
03. Rösten (0:14)
04. Skogsranden (10:48)
05. Sista somrar (13:10)
06. Saknadens fullhet (2:00)
Time: 43:44
Bonus disc on 2010 release:
01. Rösten (3:38)
Time: 3:38
Musicians:
- Mattias Olsson / drums, cymbals and percussion
- Johan Högberg / bass
- Thomas Johnson / Hammond organ, mellotrons and other keyboards
- Jonas Engdegård / guitars
- Tord Lindman / guitars
- Anna Holmgren / flute
Guest musicians:
- Åsa Eklund / voice
- Martin Olofsson / violin
- Karin Hansson / viola and double bass
- Jan Christoff Norlander / cello
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