Lançado em 1976, "Beyond the Expression" é o segundo trabalho do grupo holandês FINCH.
Possui três faixas longas onde a banda retorna a demonstrar todo seu
potencial técnico. Pouco mais de 43 minutos muito bem aproveitados em
razão de sua competência criativa e natureza experimental, mesclando o
Progressivo e ritmos de Jazz numa Fusion
muito bem temperada. A textura de suas obras caracteriza-se pela
fluidez através de melódicas introduções, contrapontos cadenciados aos
acordes de guitarra e teclados que gradativamente evoluem à passagens
dinâmicas variadas ora riffs ao melhor estilo do Rock clássico ou diálogos de teclados ajustados nos solos de puro virtuosismo de Joop Van Nimwegen,
para então retomar interlúdios singelos de belas melodias, como num
processo de exercícios vigorosos, acontecem para recuperar o fôlego. Os
solos se alternam com a mesma categoria, Determeijer
é um mago dos teclados. Então democraticamente, ambos exibem-se a seu
tempo, enriquecendo os temas com muita propriedade. Harmônico ao longo
das interpretações destas belas composições de Joop, este processo de ritmos intensos combinados a lindas melodias, proporciona uma atmosfera bem balanceada que sempre funciona.
O
disco começa com "A Passion Condensed" que tem o sintetizador inicial
um pouco áspero, embora a guitarra seja satisfatória e a seção rítmica
está em overdrive para grande parte da peça. O lado mais suave do FINCH surge ao meio, talvez para oferecer ao ouvinte uma trégua do rápido Jazz-Rock
que preencheu os primeiros oito minutos. O trabalho de guitarra mordaz
está muito forte, voando como um beija-flor na parte superior com uma
progressão de acordes idêntica a "Breathe", de PINK FLOYD. A
segunda faixa, "Scars on the Ego" é mais curta e oferece ao tecladista
uma oportunidade de brilhar através de várias texturas sonoras, e,
felizmente, o guitarrista mostra suas capacidades mais plácidas. Embora o
solo de guitarra elétrica ainda está cheio de atividade, que serve bem
como uma redução gradual. Segue-se
"Beyond the Bizarre" gentil e melódica, talvez a mais sólida das três
composições, porque mesmo quando se torna mais pesada, não é perfurada
com guitarras de "fogo rápido". Na verdade, o protagonista infunde a
peça com curvas adequadas e frases que acentuam as mudanças rítmicas. A
presença dos teclados são uma reminiscência de "Cinema Show" do GENESIS.
O grupo deve ter em seu conterrâneo Jan Akkerman, um ídolo e um exemplo para ser seguido, é possível também associar sua estética melódica ás obras do CAMEL, tudo muito salutar e bastante agradável de se ouvir. O FINCH,
ao longo desse álbum, deixa patente um profundo conhecimento e pleno
domínio de diversas técnicas. Pode trazer seu trabalho à semelhança de
grandes ícones do gênero, entretanto exibem personalidade e consistência
suficientes à sua própria identidade como referência de qualidade,
sobretudo a nobre arte da qual são ilustres representantes, pérolas do
universo extremamente laboral e criativo do Rock Progressivo.
RECOMENDADO!!!
RECOMENDADO!!!
Tracks:
1. A Passion Condensed (20:05) :
a) Part 1 (1:04)
b) Part 2 (4:15)
c) Part 3 (2:55)
d) Part 4 (2:59)
e) Part 5 (5:47)
f) Part 6 (3:05)
2. Scars On The Ego (8:51) :
a) Part 1 (2:21)
b) Part 2 (6:30)
3. Beyond The Bizarre (14:24) :
a) Part 1 (2:58)
b) Part 2 (2:57)
c) Part 3 (2:59)
d) Part 4 (5:30)
Time: 43:20
Musicians:
- Joop Van Nimwegen / electric & acoustic guitars
- Cleem Determeijer / grand piano, Wurlitzer electric piano, Hammond organ, Mellotron, Arp Axxe & Solina String Ensemble synths
- Peter Vink / bass, Moog bass pedals
- Beer Klaasse / drums
MP3 320K
CRONOLOGIA
Discografia:
1975 • Glory Of The Inner Force
1976 • Beyond Expression
1977 • Galleons of Passion
1999 • The Making Of... Galleons Of Passion / Stage '76
2012 • Vita Dominica
2013 • Mythology
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