País: Estados Unidos
Gêneros: Thrash Metal
Álbum: Master of Puppets
Ano: 1986
Duração: 54:53
Músicos:
● Jame Hetfield: vocais, guitarra rítmica
● Kirk Hammett: guitarra líder
● Cliff Burton: baixo, backing vocals
● Lars Ulrich: bateria
Há um certo consenso de que "Kill 'Em All", o primeiro álbum do METALLICA praticamente inventou o Thrash Metal como uma fusão de Hardcore Punk e Speed Metal. "Ride the Lightning" incorporou influências do Classic Metal para criar uma apresentação mais teatral e ambiciosa, e finalmente, "Master of Puppets" leva os limites do Thrash ao extremo da pretensão.
A música de "Master..." é tão forte quanto a de seus dois antecessores. Canções como "Battery", "Disposable Heroes" e "Damage Inc." possuem a intensidade e a energia que tornaram o primeiro álbum tão grandioso, ao mesmo tempo que expandem as estruturas das músicas para incluir mais pontes e solos de guitarra ainda mais selvagens de Kirk. Este também é o primeiro álbum sem créditos de composição para Dave Mustaine, embora sua influência na banda nunca tenha desaparecido completamente. Os riffs de James soam tão precisos e intrincados como sempre, mesmo que sua performance mais técnica neste álbum venha à custa da fúria latente que a banda canalizou no início de sua carreira.
A obra-prima do álbum, é a faixa-título. Desde os avanços que a banda dá em termos de composição e letras, até as performances divinas de Kirk tanto na ponte angelical quanto no solo incrivelmente rápido, esta é uma das músicas de Metal mais completas já gravadas. A banda nunca deixa o ritmo ficar fora de controle, mas a sensação é de velocidade, mesmo que o ritmo em si não seja muito mais rápido do que um andamento médio. James Hatfield soa melancólico ao cantar sobre a maldição do vício e a inevitabilidade da morte, temas muito mais significativos do que as letras sobre "nós somos o Metallica!" que permeavam seu primeiro álbum. Tudo nessa música é espetacular, e mesmo vindo antes de uma das faixas menos impactantes da lista, ainda gera entusiasmo suficiente para que o álbum como um todo seja empolgante. "The Thing That Should Not Be" mostra James soando assustador no refrão, e o riff de guitarra pesado e pulsante é perfeito para a atmosfera que a banda busca. A química entre Kirk e James na guitarra funciona igualmente bem na sombria "Welcome Home", uma faixa sobre o abuso de instituições psiquiátricas na qual James dá um grande passo à frente em seu canto. Ele não está mais apenas gritando, ele realmente consegue apresentar harmonias e melodias muito boas nessa faixa, e no álbum como um todo.
Com uma estrutura muito semelhante à de "Ride the Lightning", "Master..." se destaca bastante por conter uma abordagem mais sinistra nas letras, e Lars soa como um baterista muito mais competente. Cliff Burton no baixo também demonstra suas linhas e performances, especialmente na épica instrumental "Orion". Até mesmo uma das faixas menos queridas, "Leper Messiah", tem seu próprio charme, com letras espirituosas e uma aceleração frenética no final. Apesar de a banda ter se desviado do caminho em lançamentos futuros, e por mais evidentes que fossem os sinais de que a direção que estavam tomando não era favorável, "Master of Puppets" permanece um clássico e um testemunho de quão grandioso e ambicioso o Thrash Metal pode se tornar, sem cair na autoindulgência.
Resenha original:
Faixas:
01. Battery (James Hetfield, Lars Ulrich) - 5:10
02. Master Of Puppets (James Hetfield, Lars Ulrich, Cliff Burton, Kirk Hammett) - 8:33
03. The Thing That Should Not Be (James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett) - 6:32
04. Welcome Home (Sanitarium) (James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett) - 6:25
05. Disposable Heroes (James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett) - 8:14
06. Leper Messiah (James Hetfield, Lars Ulrich) - 5:39
07. Orion (James Hetfield, Lars Ulrich, Cliff Burton) - 8:23
08. Damage, Inc. (James Hetfield, Lars Ulrich, Cliff Burton, Kirk Hammett) - 5:28

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