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terça-feira, novembro 4

TRANSIT EXPRESS ● Couleurs Naturelles ● 1977

Artista: TRANSIT EXPRESS
País: França
Gênero: Jazz-rock Fusion
Álbum: Couleurs Naturelles
Ano: 1977
Duração: 33:20

Músicos:
- Dominique Bouvier / bateria, vibrafone, percussão
- Jean-Claude Guselli / baixo elétrico e acústico
- Christian Leroux / guitarras, violão, sintetizadores
- Serge Perathoner / piano elétrico e acústico, clavinete, ring modulator, sintetizadores
- David Rose / violinos elétrico e acústico
Esse grupo começou como banda de apoio do cantor Yves Simon. Logo decidiram criar um projeto paralelo, o TRANSIT EXPRESS. Lançaram sob esse pseudônimo, e pela mesma gravadora de Yves, três trabalhos, dos quais os dois últimos contaram com um membro a mais, o violinista estadunidense David Rose. Mais tarde, em 1983, três membros dessa banda formaram outra, chamada BLUE ROSE, de AOR, que também durou poucos anos. O tecladista Perathoner teve uma sólida carreira como produtor de outros músicos, inclusive de Yves.
Começa com o violino temperado fusion, a composição vai ganhando densidade e velocidade, para chegar numa proposta. O baixo tem momentos bem líricos, há várias mudanças de cadência na bateria, enquanto o violino sola bonito. Os sintetizadores servem mais de apoio que de carro-chefe, embora eventualmente assuma esse último papel. O instrumento mais "escondido" é a guitarra. Por isso que nesse trecho se parecem mais com Jean-Luc Ponty do que com MAHAVISHNU ORCHESTRA. E não só na execução, mas também na composição. O finalzinho tem um charme especial pois acrescenta um psicodelismo inteligente.
Que violão maravilhoso abre a segunda faixa! Enquanto ao fundo tem um barulho de alguém andando e abrindo uma porta. O violino entra com notas longas, apresentando belas melodias. Os outros instrumentos entram apoteóticos. De repente vira para um groove funkeado, entorpecido por efeitos psicodélicos, e ao mesmo tempo com um refinado bom humor. Os caras foram muito criativos. Partem abruptamente para uma toada melancólica violão-e-violino, com participações precisas do baixo e dos pratos. Um trecho que vai crescendo em emoção, e deliciosamente trazendo lágrimas à minha audição.
Na próxima música, o início fica por conta do violão, que dialoga com o baixo. O sintetizador traz mais uma ou duas camadas, até a bateria chegar e costurar muito bem a harmonia. Vai crescendo e num repente vira de novo uma pegada funkeada, dessa vez com uma estrutura mais simples. A guitarra assume aqui um papel mais importante. É uma boa música, principalmente para quem aprecia Jean-Luc Ponty e sobretudo Didier Lockwood. Para meu gosto pessoal, é a menos interessante do disco.
Um piano introspectivo acalma o coração na abertura da 4a faixa. O violino vem, pedindo licença, abrilhantando ainda mais composição. Assim seguem, explorando genialmente algumas idéias, quase minimalista, e às vezes fingindo que vai crescer, mas não chega a fazê-lo. Da metade em diante, aceleram, só um pouquinho, alguns interlúdios, adicionam um tiquinho de densidade. É na entrada da percussão que a música vai para um fusion mais jazz que rock, lembrando PAT METHENY. Esplêndido.
Emenda com a faixa seguinte, embora uma composição seja totalmente diferente da outra. Pois essa 5a música traz umas vocalizações em tons graves, lembrando SERGE BRINGOLF (embora esse músico tenha aparecido na cena musical francesa mais pro fim dos anos 70; indico aqui não como uma influência, mas como uma referência). A percussão é firme e quase tribal. É uma composição interessante, mas faltou um pouco mais de dedicação aos arranjos e cadências, então não está entre os melhores do álbum. De qualquer modo é curto.
Na 6a faixa, os sintetizadores assumem quase tudo. Fazendo um lance meio TANGERINE DREAM. É uma música ainda mais curta, e também não ocupa lugar de destaque.
A próxima faixa explora uma linha mais fusion do Zeuhl. A abordagem cíclica dos fraseados, com pequenas nuances muito bem trabalhadas, confere à atmosfera um ar um pouco mais pesado, e ao mesmo tempo levemente místico. Também é curto, e funciona muito bem.
Idéia semelhante é executada na 8a faixa, onde MAHAVISHNU ORCHESTRA encontra WEIDORJE. Incrível!
A última música traz novamente a proeminência do baixo. Fraseados marcantes tanto no violino e bateria são muito bem contornados pelo piano/sintetizadores. A abordagem cíclica é adotada de novo, mas dessa vez com uma pegada mais fusion do que zeuhl. Excelente fechamento.

Faixas:
01. 10ème rue est (5:00)
02. Visite au manoir (7:20)
03. Marchand de sable et père Fouettard (4:40)
04. Au delà du miroir (5:50)
05. Le grand escalier (2:00)
06. Cathedral de verre (1:30)
07. Stress (1:50)
08. L'image du miroir (2:00)
09. Qui donc a rêvé ? (3:10)


Discografia
1975 ● Priglacit
1976 ● Opus Progressif
1977 ● Couleurs Naturelles

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