HAWKWIND ● Warrior on the Edge of Time ● 1975

Artista: HAWKWIND

Paíse: Reino Unido

Gênero: Space Progressive Rock

Álbum: Warrior on the Edge of Time

Ano: 1975

Duração: 47:06

Músicos:

● Mike Moorcock: Vocais (faixas 3,9)

● Dave Brock: Vocais (faixas 1,2,5,6,11), guitarra, sintetizador, baixo (faixa 4)

● Simon House: Piano, Mellotron, Moog, sintetizador VCS3, violino

● Nik Turner: Saxofones tenor e soprano, flauta, vocais (faixas 7,10)

● Ian "Lemmy" Kilmister: Baixo, vocais

● Allan Powell: Bateria, percussão

● Simon King: Bateria, percussão

Muitos apreciadores de Space-Rock afirmam que "Warrior on the Edge of Time" é a realização máxima do HAWKWIND, bem como um marco definitivo para essa tendência específica do Prog. Seguindo o mesmo caminho do álbum anterior, "Hall of the Mountain Grill", "Warrior..." oferece um toque mais pesado e uma ambiência geral mais coesa. Em muitos trechos, parece que a banda pretendia fazer uma recapitulação geral de sua carreira até então, com ênfase particular na vibração "orquestral" que Simon House trouxe com suas performances sólidas no violino elétrico, sintetizador e mellotron. Também ajuda o fato de a produção sonora ser polida, de modo que cada ritmo frenético, cada riff de guitarra, cada textura ascendente de teclado e cada solo (de violino, sax ou guitarra) possam preencher um lugar distinto enquanto interagem com suas fontes sonoras complementares no panorama geral de cada faixa. "Battery and Assault" e "The Golden Void" são seguidas, desenvolvendo adequadamente o som da era House e abrindo espaço para que as contribuições de Turner sejam novamente destacadas: seus solos de flauta e sax são incrivelmente intensos. De qualquer forma, a característica mais proeminente da linha atual de trabalho da banda é a maneira como House e Brock-Lemmy-King colocam ambos os polos em evidência para enquadrar a parede sonora de grande parte do novo repertório: mais uma vez, as duas primeiras faixas encarnam essa estratégia muito bem. O velho amigo e aliado cósmico Mike Moorcock faz algumas recitações em alguns interlúdios, proporcionando uma vibração profética que já conhecíamos dos tempos de "Sonic Attack". "The Wizard Blew his Horn" compõe a primeira narração, naturalmente, acompanhada por um fundo sintetizado psicodélico. "Opa-Loka" é uma viagem instrumental energética e crescente, solidamente baseada em um ritmo emocionante; Logo em seguida, "The Demented Man" traz algum tipo de consolo com seu casamento sobrenatural de violão acústico de 12 cordas e teclados eletrônicos. "Magnu" é a faixa-monstro do álbum, um Rock explosivo cujo tema principal inclui toques exóticos de inspiração árabe: uma menção especial vai para o maestro House, que brilha de forma impressionante com suas excursões ao violino, enquanto Turner fornece algumas linhas complementares no sax. "Standing at the Edge" e "Warriors" são os outros dois segmentos narrativos: entre eles, "Spiral Galaxy 28948" (escrita por House) mostra o material psych prototípico do HAWKWIND com uma nuance adicional de densidade. "Dying Seas" encerra o repertório oficial do álbum com uma atitude frenética, devidamente colorida pela interação de violino e sax. 

Tudo o que tornou HAWKWIND tão cativante está contido em "Warrior...", a poesia de ficção científica exagerada e carregada de eco, flautas e saxofones desencarnados, guitarra base cortante, baixo insistente e distorcido, eletrônicos vibrantes, sintetizadores arrebatadores e mellotron vibrante com um toque de violino.

Este seria o último álbum do baixista Lemmy (preso na fronteira canadense por drogas e depois demitido da banda), que logo depois fundaria uma das bandas mais importantes do Heavy Rock, o MOTORHEAD... Mas essa é outra história....

Faixas:

01. Assault & Battery - Part I (5:34)

02. The Golden Void - Part II (4:37)

03. The Wizard Blew His Horn (2:00)

04. Opa-Loka (5:40)

05. The Demented Man (4:20)

06. Magnu (8:40)

07. Standing at the Edge (3:45)

08. Spiral Galaxy 28948 (3:55)

09. Warriors (2:05)

10. Dying Seas (3:05)

11. Kings of Speed (3:25)