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sexta-feira, julho 18

KJJJJJJJJJ ● Kjjjjjjjjj ● 2016

Artista: KJJJJJJJJJ 
País: Argentina
Gênero: Post-rock
Álbum: Kjjjjjjjjj 
Ano: 2016
Duração: 27:46

Formado em Buenos Aires no ano de 2014. Não foi de imediato que consegui maiores informações sobre a banda, embora eles tenham um linktree. o baterista já fez parte da banda KYORI, que segundo o Discogs é de math rock. E o guitarrista faz parte do NADIE NUNCA NADA, cujo estilo, segundo o Progarchives, é post-rock. Contaram com um tecladista efetivo no segundo disco, e um tecladista convidado no último. Apesar do primeiro e último trabalhos terem menos de 30min, eles alegam que nenhum deles é um EP.
Começa logo com instrumental completo. É possível reparar que essa primeira composição foi feita na guitarra, mas a mesma não ocupa os espaços em demasia. O baixo usa timbres com perfeição. Há mudanças suficientes de compasso e cadência que quase colocam a música em algum lugar entre o heavy-prog e o progressivo sinfônico. Tanto a guitarra quanto os instrumentos que fazem as seções rítmicas mostram versatilidade e elegância. Pena que é tão curtinha. Highlight.
Uma construção melódica com duas guitarras abre muito bem a faixa seguinte, que logo parte para timbres mais pesados. A música tem semelhanças com a anterior na fluidez e elegância, mas dessa vez acrescentam umas camadas melódicas sensacionais. Vão sutilmente e com muita sensibilidade acrescentando um pouco de massa sonora no seu desenvolvimento; é fantástico o uso de violão. No último terço fazem uma outra proposta, com um fraseado lindo que vai crescendo, e termina mais pesado. Highlight.
Sobrevém a 3a faixa, com uma seção rítmica leve e tranquila, trazendo um toque de jazz ao disco. Isso logo muda, com uma composição menos sofisticada, já que a bateria está mais simples, mas bem trabalhada. As guitarras assumem as partes mais interessantes da música, e há um sintetizador, não muito criativo. O baixo também não está trazendo nada novo e/ou cativante. É a 2a música mais longa desse trabalho, contudo é uma das menos inspiradas.
Aresentam uns arranjos diferentes das músicas anteriores na 4a faixa, a bateria quando entra com mais firmeza o faz muito bem. Aliás, essa composição depende bastante da capacidade desse músico desenvolver bem os compassos difíceis que ele apresenta. E ele dá conta do recado com segurança, robustez e sofisticação. O baixo faz um bom suporte, e a guitarra acrescenta uma camada aqui e ali. É uma das músicas mais curtas do disco. Apesar de eu ter gostado bastante desse disco, essa característica me chamou a atenção: as melhores faixas são as mais breves. Highlight.
Tem um efeito eletrônico constante na faixa seguinte, junto com o restante do instrumental, que envolve constantemente todos os músicos. O timbre produzido pela combinação desse efeito com o baixo é bem interessante, mas a música acaba ficando um pouco repetitiva. Poucas camadas e variedade. De qualquer modo, conseguem garantir um bom conceito pelo aprumo e retidão. No final dão uma pequena mudada no arranjo; não é nada excepcional.
A 6a faixa se inicia arrebatadora. Centrada na guitarra, que faz um vai-e-vem fantástico de dois fraseados, além de executar uns interlúdios tranquilos para servir de contraposição aos trechos mais pesados. A bateria está perfeita, é muito impressionante a sobriedade desse músico. A massa sonora dá uma diminuída, para depois ir se elevando de novo; só que dessa vez distribuindo novos e potentes fraseados. Incrível! Highlight.
Uma brevíssima distorção compõe a introdução da curtíssima e magnífica penúltima faixa. Muita guitarreira, tanto pesada quanto com um swing firme, e apresentando brevíssimas notas muito bem encaixadas. Highlight.
O timbre eletrônico do começo da última faixa é inusitado; um pouco perturbador. É grave, repetitivo. Dura em torno de um minuto, quando começam a acrescentar algumas camadas e fazer mudanças gentis nas harmonias. Só não mudam o tal fraseado eletrônico. Essa é a típica composição post-rock, que no caso deles é apresentado com bastante sobriedade e distinção. Essa é a música mais longa do disco, quase chega a ficar chata. Não sei como conseguem esses efeitos eletrônicos nas duas músicas que as contêm, imagino que seja pela guitarra. Pois tanto no bandcamp, quanto no site deles e no Progarchives, não há nenhuma menção a sintetizadores ou computadores.

Faixas:
1. Almohada (2:35)
2. Grrrrrrrrr (3:42)
3. Nicolino (5:13)
4. A Saltar a la Plaza (2:50)
5. Tsssssssss (3:11)
6. Adgar (2:35)
7. Pfffffffff (1:03)
8. Wacho's Shadow Dance (6:37)

Músicos:
Mariano Membrives / Guitarra
Nicolás Esparrach / Baixo
Lorenzo Schiavo / Batería
  

Discografia:
2016 ● Kjjjjjjjjj
2020 ● Centro de Dispersión
2025 ● Bi Won

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