Todos os integrantes originais estudaram na mesma
escola de música, a Berklee College of Music, em Boston. Em 2018 formaram a
banda, e somente um ano depois já lançaram seu debut. Do primeiro para o
segundo disco houve uma troca de membro, do baixista. A vocalista principal da
banda em 2023 foi eleita a melhor ou uma das melhores no estilo prog-metal.
Como resultado da grande receptividade do público e da crítica ao “The Fox and
the Bird”, eles têm excursionado bastante desde o seu lançamento, até hoje
(escrevo essa resenha em dezembro de 2024).
Sigamos para minhas observações sobre o álbum.
A primeira faixa está mais para heavy symphonic
prog. Tem um ar sombrio, e os vocais alternam entre o levemente alto e o
melódico. Ela é curta, com 3min. A 2ª faixa, com vocais suaves, é crossover
prog; percussões bem menos intensas, com elementos jazzísticos. Vocais
melódicos e suaves. Guitarra serve mais de suporte para a composição, não faz
solo(s). Interessantes os sons tirados na percussão. A música seguinte é uma
maravilhosa execução na vertente voz-e-violão, das coisas mais lindas surgidas
no progressivo contemporâneo. Num trecho dela tem um pouquinho de percussão ao
fundo. Muito impressionante como Casey
adapta muito bem seus vocais a cada estilo de instrumental. Não me canso de
ouvir essa delícia. Da 4ª (iniciada com um firme piano, seguida de harmonias
excelentes na guitarra) a 6ª faixas (essa é toda instrumental, dramática, tem
usos inventivos de atabaques) são prog metal. Em “The Nightmare”, com cadências
um pouco mais aceleradas, usam música programática e umas dissonâncias. Os
vocais no disco todo estão esplêndidos, mas nessa música estão ainda mais;
outro destaque nela são os trabalhos dos sintetizadores e bateria. A 7ª faixa,
a meu ver, está mais para heavy prog. A 8ª faixa está mais para um interlúdio
de new-age progressivo. Quero poder sublinhar, nesse ponto, a versatilidade de
estilos nesse álbum. Adoro.
A 9ª faixa começa com um lindo fraseado no piano. Casey começa com os vocais baixos, mas
vai aos poucos mudando tanto a altura quanto a velocidade. Ao passo que Hull inventa combinações fabulosas
entre guturais e graves; ela consegue cantar tanto com voz feminina quanto com
masculina, algo bastante singular – não sei se já vi/ouvi antes. Não bastasse
isso, todos os instrumentistas estão excepcionalmente inspirados. Provavelmente
a canção prog-metal mais incrível que conheci até o momento.
A diversidade continua permeando o conjunto do
trabalho nas próximas faixas. Vão de pesado ao acústico, com muita coerência e
consistência. Encerram o disco com uma vibe encantadoramente suave e
eletrônica.
Além das ótimas músicas, a capa é maravilhosa.
Tracks:
01. The Drought (2:57)
02. The Fox and the Bird (4:40)
03. The Raccoon (and The Myth) (4:59)
04. The Journey (2:09)
05. The Snake (3:43)
06. The Nightmare (3:01)
07. The Falcon (6:12)
08. The Bear (5:06)
09. The Dream (1:50)
10. The Crocodile (5:12)
11. The Bird (3:08)
12. The Mountain (5:31)
13. The Rain (3:17)
Musicians:
- Martin Gonzalez / guitar
- Martín de Lima / keyboards, guitar, backing vocals
- Augusto Bussio / drums, backing vocals
- Peter de Reyna / bass
- Elizabeth Hull / lead vocals & co-writer (8,12), Fx (6)
Discography:
2019 ● Limbo.
2020 ● Under the Veil. EP.
2023 ● The Fox and the Bird.
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