Jean-Jacques Kravetz ● Kravetz ● 1972

Artista: Jean-Jacques Kravetz

País: Alemanha/França

Gênero: Eclectic Prog

Álbum: Kravetz

Ano: 1972

Duração: 38:02

Músicos:

● Jean-Jacques Kravetz: órgão, piano, percussão e sintetizador

● Thomas Kretzschmer: guitarra

● Carl-G. Stephan: baixo

● Udo Lindenberg: bateria, percussão e vocais

● Roger Hook: guitarra de 12 cordas (faixas 1 e 4)

● Inga Rumpf: vocais (faixa 1)

Nascido em Paris em 23 de maio de 1947, Jean-Jacques Kravetz mudou-se para a Alemanha quando tinha cerca de 20 anos de idade. Era um tecladista de formação clássica extraordinário que iria tocar em várias bandas alemãs, inclusive "quebrando tudo" em "Frumpy 2" da banda FRUMPY, considerado um dos melhores discos do denominado Heavy Prog alemão. Em 1972, Kravetz decide realizar esse seu único álbum solo, e para isso, cercou-se de ótimos talentos alemães como a vocalista do FRUMPY, Inga Rumpf e um baterista e vocalista ultra-talentoso Udo Lindenberg. 

O álbum abre com "I'd Like To Be A Child Again" que tem uma letra significativa e um refrão muito emocional. Ela inicia com uma guitarra suave assim como os vocais tranquilos de Inga. É uma canção muito bonita com um órgão hammond ao fundo e um refrão muito apaixonado. Maravilhosa peça para abrir um disco. "Ann Toomuch" inicia com um toque de bateria bem jazzístico logo acompanhado pelo teclado e baixo preparando o terreno para o ótimo vocal que vem a seguir, que aliás tem um toque Soul muito bem colocado. Os sintetizadores são estupendos, lembrando em muito sua utilização no primeiro álbum do ELP. "Routes" é liderada pela bateria e pelo órgão. A trilha entra numa onda calma e assombeosa por volta dos 2 minutos. Uma batida finda da escuridão depois de 5 minutos como a guitarra chorando. É uma peça bem experimental, bem Kraut! "When The Dream Is Over" é uma balada curta com vocais bem entoados e emocionais. "Master of Time" abre com órgão e guitarra. Os vocais entram bem fortes e após cerca de 2 minutos  temos uma seção instrumental fantástica. Há um ótimo solo de órgão de Kravetz e uma ótima bateria aos 8 minutos. Grande música!

Apesar de ser liderado por um tecladista, esse é um álbum que também surpreende pelas partes de guitarra, tão longas quanto as partes de órgão. O guitarrista Thomas Kretschmer é realmente único. Ele toca com aquele timbre sinistro semelhante a Ritchie Blackmore, com grandes passagens que demonstram todo o seu talento.

Faixas:
01. I'd Like To Be A Child Again (9:32)
02. Ann Toomuch (7:43)
03. Routes (7:25)
04. When The Dream Is Over (3:13)
05. Master Of Time (9:46)