quinta-feira, fevereiro 2

ARTCANE ● Odyssee ● 1977 ● França [Eclectic Prog]


Lançado em 1977, "Odyssee" é o único trabalho deste quarteto francês. Tornou-se um daqueles álbuns que muitos fãs de Prog já ouviram falar, mas nunca ouviram de fato. Quando se começa a ouvir o disco, fica claro que este foi um dos discos Progressivos mais pesados, sombrios, fascinantes e emocionantes dos anos 70. É um sucesso total, apesar de emprestar liberalmente de um ritmo e melodia específicos em "Red" do KING CRIMSON (ouvida na terceira faixa "Novembre"). Além disso, os dois primeiros movimentos de "Larks' Tongues In Aspic" são referenciados na quarta música "25e Anniversaire". Mas "Odyssey" como um todo não é KING CRIMSON, também se move em uma área semelhante à do também frances, PULSAR (espaço hipnótico). Há muitos momentos de riffs pesados ​​que lembram os combos progressivos italianos mais pesados ​​(ou seja, JUMBO, BIGLIETTO PER L'INFERNO, IL BALLETTO DI BRONZO). Apesar desses pontos de referência, ARTCANE mantém um estilo único e versátil.

Cada uma das 6 músicas tem sua própria personalidade cativante. Um enorme sinal de positivo para a faixa-título, todas as 2:20 dela, que não hesita em deixar o ouvinte saber o que está reservado para o resto do álbum. A música pulsa com energia, ritmos agressivos e escolhas melódicas cativantes dando o tom. Ele colide com o início suave de "Le Chant D'Orphée", que aumenta e aumenta e eventualmente sucumbe à construção de riffs incrivelmente poderosos de Jack Mlynski. Os vocais são escassos em "Odyssey", mas quando introduzidos em "Le Chant D'orphee" eles são enigmáticos e fantasmagóricos. A verdadeira peça central do álbum é "Artcane I", uma longa faixa que encapsula tudo de bom sobre Artcane: crescendos pacientes de atmosfera cósmica; repetições hipnóticas de teclado, cortesia de Alain Coupel; a percussão ágil, mas pesada, de Daniel Locci; vibrações assustadoras e escuras em todo o lugar; surtos de ritmos de Jazz-Rock; momentos de puro peso como os momentos mais metálicos do Rush dos anos 70. Pena que a carreira dessa banda foi tão efêmera!

Dois dos momentos mais emocionantes vêm de segunda mão de temas estabelecidos por KING CRIMSON. Alguns chamariam isso de plágio; Eu chamaria de "homenagem". Este não é um relatório de livro, é arte, e que arte melhor para influenciar do que o período final dos anos 70 do KING CRIMSON? Seria mais perturbador se eles não conseguissem criar nada original, mas "Odyssey" é cheio de ideias, química, talento e poder. Pena que eles não estavam por perto o tempo suficiente para capitalizar isso.

SUPER RECOMENDADO!!!

highlights  ◇
Tracks:
01. Odyssee  (6:11)
02. Le Chant D'orphee  (9:45) 
03. Novembre  (4:45) 
04. 25th Anniversaire (16:12)
05. Artcane I (4:42)
06. Nostalgie (15:34)
Time: 57:13

Musicians:
- Daniel Locci: drums, percussion
- Jack Mlynski: guitars, vocals
- Stanislas Belloc: bass, vocals
- Alain Coupel: keyboards, synthesizers, vocals


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