THE MASTER'S APPRENTICES ● Choice Cuts ● 1971

Artista: THE MASTER'S APPRENTICES

País: Austrália

Gêneros: Hard Rock, Heavy Prog

Álbum: Choice Cuts

Ano: 1971

Duração: 37:11

Músicos:

● Jim Keays: vocal e harmônica

● Doug Ford: guitarra e vocal

● Glenn Wheatley: baixo e  vocal

● Colin Burgess: bateria e percussão

Com:

● Larry Steel: congas (faixa 1)

● Jeff Jarratt: piano (faixa 4)

● Claude Lintott: jew's harp (faixa 9)

Esse é mais um disco formidável e obscuro lançado nos férteis anos 70. Gravado no Abbey Road Studios em Londres, "Choice Cuts" sintetizou o gênero do Hard Rock/Progressivo. A australiana MASTER'S APPRENTICES, já contando com 2 álbuns na bagagem, aparece aqui muito mais fluente, e muito mais ambiciosa em suas composições, bem diferente do que apresentou nos álbuns anteriores. Parece que o tempo que os músicos da banda passaram em Londres, e as influências a que foram expostos, fizeram-lhes muito bem. 

Em sua maior parte, a MASTER'S APPRENTICES correu em direção à base do Rock de riffs pesados, a la LED ZEPPELIN. O álbum abre com a levada latina de "Rio de Camero", seguida pela balada acústica "Michael", que demonstra a continuidade da banda em uma variedade de estilos, que vão do pesado ao suave, ainda baseadas em mudanças de acordes bastante simples e as escalas modais usuais, mas a interação entre o instrumentos faz soar consideravelmente mais complexo e emocionante. Desta vez, as faixas fluem suavemente e o álbum como um todo soa coeso. "Easy To Lie" e "Catty" exibem as habilidades da banda no Boogie shuffle, com riffs de guitarra pesados ​​e solos excelentes. O estilo vocal de Jim Keay melhorou notavelmente desde o último álbum e, neste, soa como uma mistura de Robert Plant e Paul Rodgers. Da mesma forma, algumas das levadas lembram bastante o FREE. De fato, a banda criou uma interessante combinação de influências que resultaram em um estilo próprio. No geral, as faixas são extremamente melódicas, com a interação instrumental anos-luz à frente do álbum lançado apenas um ano antes. A sequencia de abertura de  "Our Friend Owsley Stanley III" é provavelmente a mais Proggy, com seus irregulares e ligeiros tons à la JETHRO TULL. "Death of a King" é uma homenagem ao grande Martin Luther King Jr. e a faixa soa como uma mistura inusitada do lado acústico do GROUNDHOGS e LED ZEPPELIN. "Song for a Lost Gypsy" aposta em um estilo pesado de Blues Rock e Funk com uma performance vocal em falsete contrastante. "I'm Your Satisfier" é uma divertida canção Boogie que inclui até harpa de boca! "Song For Joey - Part II", espere! Onde está a primeira parte?! Não passa de um final acústico que encerra o álbum. Apesar de todas as críticas positivas, a banda não causou grande impacto com "Choice Cuts", provavelmente devido à saturação de Prog Rock e Hard Rock nas lojas de discos em Londres em 1971. Seja como for, o álbum permaneceu obscuro até ser redescoberto por colecionadores na década de 1980, tornando-se um clássico underground.

Faixas:

01. Rio De Camero (3:19)

02. Michael (3:52)

03. Easy To Lie (4:30)

04. Because I Love You (4:31)

05. Catty (3:21)

06. Our Friend Owsley Stanley 3 (3:26)

07. Death Of A King (3:37)

08. Song For A Lost Gypsy (2:59)

09. I'm Your Satisfier (3:13)

10. Song For Joey, Part 2 (4:23)