O MADISON DYKE foi formada no final dos anos 70 em Hanover, Alemanha, composta de dois guitarristas (um dos quais ocupava também o sintetizador), um baterista, um baixista e um vocalista que também tocava flauta e Mellotron. Tal qual o conterrâneo JANE, sua música carrega uma forte veia Floydiana; acrescente a isso alguma fantasia lírica do GENESIS, guitarra elétrica agressiva e toque de flauta que lembra "Battlement" de NEUSCHWANSTEIN e dá pra ter uma ideia de como eles soam.
Esse único álbum desta boa banda alemã, foi lançado em 1977 e
traz um formato musical que mistura Rock Progressivo e sinfônico em sua
base com alguns momentos que chegam a sugerir algo próximo do Folk Rock
principalmente nas flautas de Burkard Ritt e também no andamento de
algumas faixas. Um ponto que deixa a desejar no álbum é a produção
técnica, mesmo assim o saldo final é positivo, principalmente por trazer
boas faixas embaladas em arranjos competentes. O álbum foi lançado pelo
selo "Racket Records" e apesar de a banda ser alemã, os músicos
cantavam em inglês, seguindo uma tendência dos combos germânicos da
época.
Abrindo o disco, a longa suíte "First Step" onde já é possível
conferir a qualidade da banda. Apesar de a introdução poder nos levar a
crer que se trata de um Rock Progressivo, a música logo envereda para
um Folk, onde brilha a flauta executada pelo vocalista Burkard Ritt que
tem uma voz até agradável, mesmo que possa ser considerada como limitada em relação a sua extensão vocal e com poucos recursos técnicos. Em
seguida, temos "Cooking Time of an Egg", um típico som progressivo com
passagens de violões, bem executados e fortemente inspirados no YES da
fase de "Close to the Edge". Segue-se
"Next Conceptions", mostrando um trabalho mais
pesado pelo belo solo de guitarra além de um ótimo trabalho instrumental
para uma canção que se destaca dentro do contexto do álbum. A
introdução desta música mostra o bom gosto do grupo, trazendo
principalmente um trabalho de cordas de primeira linha, sendo realmente
um deleite aos fãs do Rock Progressivo da época. Vale ressaltar que o
trabalho na introdução com violões de doze cordas e flautas são de uma
sensibilidade extraordinária fazendo com que seja um dos grandes
momentos do disco. As duas guitarras trabalham bastante nesta canção,
inclusive trazendo um peso peculiar as bandas de Hard Rock durante a
execução da faixa. A quarta e última música é a faixa-título do álbum. "Zeitmaschine",
que com seus longos 16 minutos e 28 segundos é o grande apogeu.
Lembrando momentos do ELOY, a música tem uma grande variedade de belas
passagens. A introdução, recheada de teclados, mostra que a suíte vem
para fechar o disco em grande estilo. Brilhantes passagens com duas
guitarras preenchendo todos os espaços aliados a um potente baixo e os
teclados fazendo a parte melodiosa da canção. O único ponto mais
limitado da canção é novamente a voz do guitarrista e cantor.
Todas
as quatro músicas do disco foram compostas pela própria banda e mostram
que os músicos possuíam talento na arte de compor, além de se mostrarem
bons, apesar de nenhum deles se sobressair sobre os outros. O saldo
final é, sem dúvida, mais um bom álbum dos anos de 1970, que certamente
em 1977 não teve grande impacto, mas ouvindo atualmente é perfeitamente
possível notar o quanto ele é agradável, apesar de perceber que a
qualidade do áudio original realmente não ser das melhores. A versão
postada aqui além das quatro faixas originais, contem duas faixas bônus.
highlights ◇
Tracks:
1. First Step (10:05)
2. Cooking Time Of An Egg (4:09)
3. Next Conceptions (6:18)
4. Zeitmaschine (16:40)
5. Walkin' (5:22)
6. Dice-box (5:11)
Time: 37:12
Musicians:
- Jürgen Baumann / acoustic & electric guitars, piano, Mellotron, synthesizers, backing vocals
- Burkhard Engel / drums, percussion
- Robert Krause / bass
- Andreas Nedde / acoustic & electric guitars, backing vocals
- Burkhard Ritter / lead vocals, flute, Mellotron, percussion
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