O TARANTULA foi uma das muitas bandas Prog que surgiram na segunda metade dos anos setenta, juntamente com formações bem conhecidas como TRIANA, BLOQUE e GRANADA, começando como um quinteto, liderado pelo tecladista Vicente Guillot.
O som melódico, muito agradável do seu álbum de estréia de 1976 é muito diferenciado dos grupos inspirados no flamenco como o CAI, AZAHAR, MEZQUITA e TRIANA porém mais próximo dos italianos setentistas sinfônicos. Os vocais dramáticos de Rafael Cabrera evocam BANCO e LE ORME ao longo do exuberantes teclados vintage com maravilhosas passagens do inigualável mellotron e o Prog sinfônico alemão como JANE e RAMSES (guitarras ácidas e poderosos trechos de órgão).
O vocalista Rafael Cabrera possui grande habilidade de pular de uma passagem suave e intimista para performances operísticas e até mesmo um "agressivo" Rock com pouco esforço aparente. O tecladista Vicente Guillot mostra grande habilidade em uma variedade de teclados, incluindo mini-Moog, piano, harpsichord. Hammond e até um mellotron, o que reforça ainda mais a dívida com o Prog italiano que a banda mantém. O guitarrista MG Peydró e o baixista José Pereira também são muito ativos. Peydró se destaca na banda, principalmente nos momentos em que é capaz de se aproveitar dos arpejos crescentes e complexas mudanças de acordes que são impressionantes, embora usualmente de curta duração. Também tem a capacidade de complementar Pereira no baixo durante as passagens mais comuns instrumentais e às vezes mais lentas da música da banda também. E o baterista Emilio Santonja consegue fazer com que tanto os ritmos simples quanto os ocasionais mais complexos funcionem bem (confira “Imperio Muerto”). Analisando cada faixa do disco: começamos com “Recuerdos” que dá o tom para o álbum inteiro, onde a banda começa a soar como uma banda Neo-Folk. Flauta, harspsichord, piano e mellotron e um riff alegre de mini-Moog. Uma verdadeira surpresa quando Cabrera entona seu potente vocal operistico aqui, mas o mais importante é que a banda noticia que os ouvintes devem aguardar o inesperado pelos próximos 40 minutos.
E é assim que as coisas acontecem. “La Araña y la Mosca” salta de uma introdução artística de Hammond/sintetizador e percussão, mais a guitarra para uma suave peça de piano acompanhada por suaves vocais suaves. Mas quando você pensa que esta vai chegar ao fim, a banda começa a construir um clímax de teclados, órgão e guitarra, a belíssima abertura da música. E uma abordagem diferente vem em “Singladura Final”, que abre e fecha em uma nota suave com órgão tranquilo e canto potente, mas no meio a banda entra em uma passagem curta mas intensa que destaca o talento de Peydró na guitarra elétrica. “Un Mundo Anterior” é a peça mais suave do álbum, mas mesmo aqui a banda demonstra grande talento em teclados em camadas e sons de flauta-mellotron com um tipo incomum de riff de guitarra vibrato. "Imperio Muerto", embora seja difícil de acompanhar, a viagem vale a pena. Muitos sons aqui, variando de sinfônico à psicodelico. E enquanto a curta “La Danza del Diablo” não oferece nada de inovador, os arranjos de Hammond estão bem colocados por trás dos vocais lúdicos de Cabrera. E a banda até visita o terreno clássico com o breve mas inspirado instrumental “Lydia”. O álbum fecha com a vibrante “Paisajes Pintorescos”, que combina praticamente todos os instrumentos e inovações da banda em uma faixa. Esta inclui o cravo à lista de teclados que Guillot traz para a banda, e os vocais de Cabrera trazem o ouvinte em um círculo completo para o começo do álbum. Um fechamento muito bem construído e definitivo para um álbum impressionante.
RECOMENDADISSIMO !!!
highlights ◇
Tracks:
1. Recuerdos (6:00)
2. La Araña Y La Mosca (4:20)
3. Singladura Final (6:16)
4. Un Mundo Anterior (5:49)
5. Imperio Muerto (9:38)
6. La Danza Del Diablo (3:02)
7. Lydia (2:06)
8. Paisajes Pintorescos (7:00)
Time: 44:11
Musicians:
- Rafael Cabrera: vocals
- M.G. Peydró: guitars
- Vicente Guillot: keyboards
- José Pereira: bass
- Emilio Santonja: drums
1. Recuerdos (6:00)
2. La Araña Y La Mosca (4:20)
3. Singladura Final (6:16)
4. Un Mundo Anterior (5:49)
5. Imperio Muerto (9:38)
6. La Danza Del Diablo (3:02)
7. Lydia (2:06)
8. Paisajes Pintorescos (7:00)
Time: 44:11
Musicians:
- Rafael Cabrera: vocals
- M.G. Peydró: guitars
- Vicente Guillot: keyboards
- José Pereira: bass
- Emilio Santonja: drums
CRONOLOGIA
Discografia:
1976 • Tarantula I
1978 • Tarantula II
1978 • Tarantula II
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e Participe