sábado, fevereiro 10

ANGE ● Caricatures ● 1972 ● França [Symphonic Prog]


Fundada em Belfort, França, em 1969 pelos irmãos Christian Décamps (vocal) e Francis Décamps (teclados) e mais tarde acompanhados pelo guitarrista Jean-Michel Brézovar, o baixista Daniel Haas e Gérard Jelsh na bateria, o ANGE, é sem dúvida a banda de Prog mais importante da França. Combinando o Rock Progressivo com Folk francês e os vocais teatrais à la Jacques Brel (o ANGE fez um cover de "Ces Gens-là" de Brel, que acabou sendo seu primeiro sucesso em 1970). A música, mas principalmente suas letras, são incomparáveis. A formação clássica (com exceção do baterista que mudava frequentemente) gravou muitos clássicos cult, como "Le Cimetière des Arlequins", e uma série de obras-primas como "Au-delà du Délire", "Émile Jacotey", "Par les Fils de Mandrin" e "Guet-Apens".

Ouvindo ANGE pela primeira vez a comparação com o GENESIS fica óbvia. O estado de espírito torturante, por vezes grotescos de seu vocalista Chistian Decamps é constante. Suas letras são muito complexas, rudes, de orientação sexual e extremamente vulgares. A banda é conhecidíssima e muito aclamada na França ... (e bem conhecido na Bélgica e Canada). Se não fizeram uma carreira internacional maior como teriam certamente merecido, definitivamente é porque eles voluntariamente escolheram o francês para suas letras. E não uma língua fácil de compreender, leia-se inglês.
 
Este primeiro álbum tem um  som típico dos anos setenta, único e cativante. "Biafra 80 (Intro) (3:50)", abre o disco, uma música instrumental, contendo um ritmo lento e uma atmosfera um pouco "sinistra" apresentando um órgão delicado, Mellotron e um pouco de guitarra elétrica. Um som prog muito atraente! "Tels Quels (06:55)":. Nesta faixa, podemos desfrutar do som típico ANGE: bem francês, os vocais distintivos, teatrais e expressivos de Christian Decamps e frequentemente uma mudança de clima, de onírico ou cativante para ardente ou bombástico, muitas vezes com um tom psicodélico e algumas "mordidas" de guitarra wah-wah. "Dignité (9:35)": Esta composição alterna entre um ritmo lento, com ondas suaves de órgão e vocais declamativos contando uma história em um clima alegre, com bateria de marcha e teclados cativantes interrompidos por um interlúdio com piano clássico e flauta. "Le soir du Diable (4:32)":. Esta é uma bela mistura de violão, vocais quentes, batidas suaves e ondas lentas, um Prog muito original! "Caricatures (12:46)": A faixa-título épica começa com uma introdução teatral, de repente uma mudança de "humor" apresentando um som de teclado exuberante (órgão, mellotron e piano), guitarra elétrica e vocais franceses expressivos. Este Prog convincente inspirou outras tantas bandas francesas! "Biafra 80 (Final) (2:22)", fecha o álbum e apresenta uma grande quantidade de sons estranhos e música experimental percussivas, flauta, órgão e guitarra, uma forma um pouco estranha e diferente para dizer adeus à apreciação do disco.
highlights 
Tracks:
01. Biafra 80 (Intro) (3:50)  ◇
02. Tels Quels (6:55)
03. Dignité (9:35)  ◇
04. Le soir du Diable (4:32)  ◇
05. Caricatures (12:46)  ◇
06. Biafra 80 (Final) (2:22)
Time: 40:00

Musicians:
- Jean Michel Brezovar: solo guitar, acoustic guitar, flute, vocals
- Gerald Jelsch: drums, percussion
- Daniel Haas: bass guitar
- Christian Decamps: lead vocals, organ Hammond, piano
- Francis Decamps: organ special effects



Discografia básica:
1972 ● Caricatures
1975 ● Emile Jacotey
1977 ● Tome VI
1978 ● Guet-Apens
1980 ● Vu D'Un Chien 

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