quarta-feira, março 15

ASIA MINOR ● Crossing The Line ● 1979 ● França [Symphonic Prog]



Fundada em Paris, França, em 1973, por três emigrantes turcos: o guitarrista/flautista Erik Tekeli, o guitarrista/cantor Setrak Bakirel e o baterista Can Kozlu, que logo foi substituído por Lionel Beltrami, o ASIA MINOR é uma das muitas fantásticas e obscuras bandas Progressivas européias a serem desenterradas e disponibilizadas ao público. Dissolveram-se em 1982, reagrupando-se com várias formações ao longo dos anos.

Lançado em 1979, "Crossing the Line" é um bom álbum de estréia, ainda procurando uma identidade, sendo uma mistura emocionante de Prog melódico no estilo CAMEL e os aspectos mais sombrios do estilo, um pouco na veia do KING CRIMSON com adição de melodias étnicas profundas. O som é liderado pelas guitarras e flautas com longas partes instrumentais e interações entre os dois instrumentos em um estilo sinfônico. A seção rítmica (com Bakirel fornecendo as linhas de baixo) é bastante dinâmica, com linhas de baixo profundas e a "grande" bateria de Beltrami. Os teclados (com colaboração de Grime Nicolas), infelizmente aparecem em segundo plano, no entanto, as partes dominantes de guitarra e flauta o recompensarão. Melodias agradáveis, flauta sempre presente e uma boa quantidade de pausas oferecem uma série de momentos fascinantes. Os vocais são cantados em inglês porém com um sotaque bem acentuado. O idioma natal também aparece em algumas faixas. O baterista Lionel Beltrami tinha apenas 18 anos quando o álbum foi lançado e há também um tecladista convidado, Nick Vicente
 
Abrindo o disco, "Preface" tem um gongo antes da flauta melancólica entrar. Guitarra e um som completo chegam depois de um minuto. A flauta abre caminho com tambores proeminentes. Sintetizadores antes de 2 minutos e meio e os vocais entram. A guitarra lidera aos 4 minutos. "Mahzun Gozler" é a faixa mais longa do disco, com mais de 8 minutos de duração. É uma faixa muito agradável com vocais emocionais após 7 minutos e meio. "Mystic Dance" é uma suave peça com guitarra e flauta. "Misfortune" torna-se uptempo com flauta e tambores liderando. Se acomoda depois de 1 minuto e meio e os vocais entram. Recomeça aos 3 minutos. "Landscape" fica um pouco mais pesada quando a bateria e a guitarra crua entram. Vocal e calma antes de um minuto. Os sintetizadores entram em ação. Solo de teclado antes de 2 minutos e meio, mas começa a funcionar rapidamente. Bela guitarra em 3 minutos e meio para terminar. "Visions" abre com o baixo enquanto a bateria e as teclas se juntam. A guitarra segue e soa muito bem. Ela se estabelece em 1 minuto e meio e os vocais entram. "Without Stir" é uma melodia curta e suave com vocais reservados. "Hayal Dolu Guler Icin" tem uma boa batida para abrir. A flauta, em seguida, é calma enquanto os vocais e sintetizadores entram. O ritmo e o clima continuam mudando. "Postface" abre com um órgão quase inaudível que se constrói e a flauta se junta.

Enfim, "Crossing the Line" é um lançamento muito forte por uma banda muito talentosa, que surgiu tardiamente não atraindo a atenção necessária e merecida.

highlights ◇
Tracks:
01. Preface (4:18) 
02. Mahzun Gözler (8:13) 
03. Mystic Dance (1:45) 
04. Misfortune (4:30) 
05. Landscape (3:50) 
06. Visions (5:35) 
07. Without Stir (1:50) 
08. Hayal Dolu Günler İçin (4:38) 
09. Postface (2:00) 
Time: 36:39

Musicians:
- Setrak Bakirel / lead vocals, guitars, bass
- Eril Tekeli / flute, guitars, bass
- Lionel Beltrami / drums, percussion
With:
- Nick Vicente / keyboards



Discografia:
1979 ● Crossing The Lines
1980 ● Between Flesh and Divine
1988 ● Landscape Pictures in Rock

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