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sexta-feira, dezembro 26

TRAFFIC ● Traffic ● 1968

Artista: TRAFFIC
País: Reino Unido
Gêneros: Eclectic Prog, Proto-Prog, Jazz-Rock, Folk Rock, Psychedelic Rock
Álbum: Traffic
Ano: 1968
Duração: 40:33

Músicos:
● Steve Winwood: vocal principal (02-04,07,09,10), guitarra elétrica (01-03,10), baixo (01,03-07,09,10), órgão Hammond (02-04,07,08), guitarras (04), piano (05,06,09,10), guitarra (07), cravo (08) e vocais de apoio (01,05,06,08)
● Dave Mason: vocal principal (01,03,05,06,08), guitarra (01,05,06), gaita (02,03), guitarra elétrica (03), baixo (08) e órgão Hammond (09)
● Chris Wood: saxofone tenor (01,05), flauta (02,06,07), saxofone soprano (03,08,09), bateria (10), percussão (10) e vocais de apoio (05)
● Jim Capaldi: vocais principais (06), bateria (01-09), percussão (04-06) e vocais de apoio (01,03,04,08)

Depois do sucesso psicodélico do álbum de estréia, "Mr. Fantasy" em 1967, o TRAFFIC lançou em 1968 um álbum mais maduro, diverso e experimental, consolidando sua identidade como uma das bandas mais criativas da cena britânica da época. Se o debut flertava fortemente com o Pop Psicodélico, este segundo trabalho mergulha fundo no Jazz, Folk, Soul, Rhythm & Blues e um proto-Rock Progressivo;

O disco foi gravado após um período conturbado, marcado pela saída temporária de Steve Winwood da banda. Quando ele retornou, o TRAFFIC estava mais coeso, porém artisticamente ousado. O resultado é um álbum menos imediato, mas muito mais rico em texturas e arranjos.

Musicalmente, "Traffic" é um álbum eclético e sofisticado, marcado por uso intenso de instrumentos não convencionais no Rock, como flauta, saxofone, sitar e cravo. As estruturas das músicas são mais longas e fluidas com um clima introspectivo, por vezes melancólico, mas sempre inventivo.

Steve Winwood se destaca não só como vocalista, mas também como multi-instrumentista, especialmente nos teclados e no órgão. Chris Wood brilha com flautas e saxofones, trazendo uma identidade sonora única, enquanto Jim Capaldi contribui com letras mais reflexivas e uma bateria elegante.

Entre os momentos mais marcantes do álbum estão: "You Can All Join In" – abertura vibrante e quase festiva, com clima de jam, "Pearly Queen" – uma das músicas mais conhecidas da banda, com guitarras psicodélicas e ótimo groove, "Feelin’ Alright?" – composição de Dave Mason que se tornaria um clássico, regravado por inúmeros artistas, "40,000 Headmen" – experimental e atmosférica, apontando para o Rock Progressivo, e "Cryin’ to Be Free" – Folk delicado e intimista.

A capa, com seus personagens cartunescos e visual colorido, reflete bem o espírito livre, artístico e contracultural do final dos anos 1960, dialogando com a diversidade sonora presente no disco.

Embora não tenha sido um sucesso imediato tão grande quanto alguns lançamentos contemporâneos, "Traffic" foi bem recebido pela crítica e, com o tempo, passou a ser visto como um clássico cult. Ele ajudou a estabelecer a banda como uma ponte entre o Rock Psicodélico e o Rock Progressivo/Jazz-Rock que ganharia força no início dos anos 1970.

Faixas:
01. You Can All Join In (Dave Mason) - 3:36
02. Pearly Queen (Steve Winwood, Jim Capaldi) - 4:19
03. Don't Be Sad (Dave Mason) - 3:21
04. Who Knows What Tomorrow May Bring (Steve Winwood, Jim Capaldi) - 3:12
05. Feelin' Alright? (Dave Mason) - 4:16
06. Vagabond Virgin (Dave Mason, Jim Capaldi) - 5:22
07. Forty Thousand Headmen (Steve Winwood, Jim Capaldi) - 3:14
08. Cryin' To Be Heard (Dave Mason) - 5:13
09. No Time To Live (Steve Winwood, Jim Capaldi) - 5:20
10. Means To An End (Steve Winwood, Jim Capaldi) - 2:36

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