Esse release, lançado somente no formato digital, é seu debut. Apresenta muitas facetas, e uma das principais é o Prog-Folk. Isso não significa que esse trabalho seja, como muitos lançamentos desse subgênero, equânime, previsível e/ou muito tranquilo. Pelo contrário. Suas harmonias, compassos e estruturas surpreendem constantemente, lançando mão do rock, do folk, mas também do jazz, da música de câmara, e até um pouquinho de jazz-blues. Esteja preparado para escutar muito violino, do início ao fim do álbum, quase sempre fabuloso, transitando por diferentes estilos. Tem momentos em que esse instrumento é dedilhado, como no início da 2ª composição. Numa outra ocasião executa fraseados com influências irlandesas. Tem até mesmo uma faixa, a 3ª, em que ele é o único instrumento usado. Outro ponto alto da obra são os vocais de Eeva Rajakangas. Tem momentos em que está no modo narrado/falado, em outros está com boas pitadas de dissonância. Que riqueza!
Voltemos ao início. Adoro quando uma banda encontra uma linda frase musical e a executa ao piano para introduzir uma composição. É o que fazem na faixa de abertura, com tocante suavidade, ao mesmo tempo em que duplicam alguns compassos. Muito cativante para mim. Por outro lado, são muito diversificados: na 4ª e 6ª faixas, por exemplo, ficam mais agressivos.
A bateria também tem bastante presença nesse lançamento. Enfim... só não dou nota dez para eles pois há momentos em que considero o violino excessivo. E porque o guitarrista, o pianista e o clarinetista mostram que, se tivessem participado mais, isso traria uma riqueza ainda maior a esse disco.
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