Artista: THE MOODY BLUES
Álbum: Days of the Future Passed
Ano: 1967
Gêneros: Proto-Prog, Symphonic Prog
País: Reino Unido
THE MOODY BLUES foi formado em 1964 como uma banda de Rhythm & Blues liderada pelo tecladista Mike Pinder e pelo flautista Ray Thomas, ambos vindos de uma banda de Rockabilly chamada RIOT. Essa formação também incluía Denny Laine nos vocais e guitarra. Depois de alcançarem muito sucesso com um cover da música "Go Now", a banda foi praticamente refundada com a entrada de John Lodge e Justin Hayward, que adotaram harmonizações vocais em quatro vozes, à la BEACH BOYS, e Mike Pinder começou a experimentar com teclados. Em 1967 o produtor Peter Knight teve a ideia de usar o Mellotron, um instrumento recém inventado que simulava uma orquestra sinfônica através do rodar infinito de fitas gravadas associadas à cada tecla. Assim surgiu esse terceiro álbum, "Days of Future Passed", tanto emulando a grandiosidade de uma orquestra como utilizando uma de verdade, e harmonizando vocais com inspiração renascentista e gospel, uma experimentação extremamente ambiciosa e pretensiosa para a época. Contudo, "Days..." não foi o primeiro álbum de Rock a utilizar uma orquestra, on entanto, acabou por ser o mais coerente até então, pela qualidade do material composto. Inicialmente, o projeto proposto pela gravadora era gravar uma versão de uma sinfonia de Dvorak, que por bem foi abandonado em favor do material que eles mesmos estavam lapidando há tempos. O resultado é uma mistura prazerosa de Rock, Música sinfônica, psicodelismo e música experimental. Para muitos fãs e críticos "Days..." foi o primeiro disco de Rock sinfônico a ser lançado.
MOODY BLUES é uma banda que não estava aqui nem ali. Não eram exatamente uma banda Beat/Pop-Rock dos anos 60, mas também não eram uma banda psicodélica. Estão certamente presos no meio, em algum lugar disso tudo. Nos anos 60 a maioria das bandas que vieram da Grã-Bretanha precisavam do sucesso do single para simplesmente existir e essa cultura contrastava completamente com a cena nos EUA na época onde bandas e artistas estavam se tornando predominantemente baseados em álbuns. Com "Days of Future Passed", os MOODIES deram a si mesmos um gostinho de ambos os mundos e uma sensação de segurança, talvez com o advento de uma música muito acessível. É um álbum conceitual, aparentemente um dos primeiros, mas o conceito é bastante solto, mas simplista e até agradável e muito temperamental, embora um pouco triste às vezes. Enquanto a banda percorre o dia e aponta certos momentos, incluindo "Lunch Break" (subintitulado "Peak Hour") e "The Afternoon" ("Forever Afternoon" e "Time To Get Away" sendo os subsegmentos aqui) o tom da música é interrompido pelas explosões esporádicas de orquestração que saturam o álbum antes e depois de quase todas as peças, algumas dançando como um fundo de desenho animado, mas servindo apenas como um intervalo para a música real e as canções. Há uma separação óbvia nos arranjos clássicos e nas músicas. É justo que "Nights In White Satin" soe tremendamente aumentada com a orquestra, mas talvez seja o único lugar no álbum onde realmente a confluência funciona. Uma experiência interessante seria ouvir "Days of Future Passed" sem a poesia supérflua e datada e a orquestração exuberante, simplesmente ouvir as músicas por si mesmas, pois elas são boas o suficiente para ficarem sozinhas, sem o artifício de acompanhamento orquestral.
Faixas:
01. The Day Begins (5:49):
a. The Day Begins (4:07)
b. Morning Glory (1:42)
02. Dawn (3:49):
a. Intro (0:39)
b. Dawn Is a Feeling (3:10)
03. Morning (3:55):
a. Intro (0:21)
b. Another Morning (3:34)
04. Lunch Break (5:33):
a. Intro (1:53)
b. Peak Hour (3:40)
05. The Afternoon (8:23:
a. Forever Afternoon (Tuesday?) (5:06)
b. (Evening) Time to Get Away (3:17)
06. Evening (6:40):
a. Intro (0:38)
b. The Sun Set (2:39)
c. Twilight Time (3:23)
07. The Night (7:24):
a. Nights in White Satin (5:38)
b. Late Lament (1:46)
Duração: 41:33
Músicos:
• Justin Hayward: Guitarras, pianos, cítara, líder vocal (2-b,5-a,7-a)
• Michael Pinder: Piano, Mellotron, tambura, líder vocal (6-b), voz (1-b,7-b)
• Ray Thomas: Flauta, trompa, piano, percussão, líder vocal (3-b,6-c)
• John Lodge: Baixo, guitarra acústica, líder vocal (4-b,5-b)
• Graeme Edge: Bateria, percussão, vocais de apoio
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