A banda CRAFT foi formada após William Gilmour (teclados) e Martin Russell
(baixo, teclados) saírem do grupo de Prog Sinfônico THE ENID, e contratarem o
baterista Grant McKay Gilmour. Esse é o único disco lançado pela banda, que logo em seguida encerrou as atividades. William, Martin e Grant continuaram envolvidos com música, entretanto não retomaram com o
CRAFT, e tampouco estiveram em outro(s) projeto(s) relacionados com a Música Progressiva.
Até existe um pouco de semelhança entre esse álbum e os do THE ENID, como as execuções pomposas e o estilo, na linha do Progressivo Sinfônico. Falo isso pois conheço alguns dos discos da primeira década de existência do THE ENID. Entretanto, numa comparação mais detalhada com o CRAFT, despontam diversas diferenças. Este último tem muito
mais equilíbrio entre os instrumentos, pois o THE ENID senta muito a mão nos
sintetizadores.
A faixa de abertura, “Aries” começa com um ótimo fraseado no piano, que vai
e vem ao longo da música, e também é usado pelo sintetizador. O diálogo entre
as melodias é muito bom.
Uma combinação muito agradável de sintetizador, piano e som de baixo compõe
a primeira parte da próxima faixa, "Taurus". O som do baixo e as
melodias do piano dão um clima fino, animado, sem exageros. Suave e Elegante.
Que faixa excelente é “Gemini”! O baterista e o emulador de guitarra estão
particularmente inspirados. Ambos se mantêm na composição, sem muitos solos,
mas fazendo mudanças sutis nos ritmos e harmonias que enriquecem muito a
composição. O baixo e algumas breves intervenções no piano completam esta
grande música.
"Cancer", a faixa 4, é menos complexa. Tem, no entanto, alguns
bons fraseados no emulador de guitarra, e a interação com o baterista está em
alto nível. Seu final é bombástico, mas também inclui alguns breves temas de
marcha.
A quinta faixa, "Leo", não é tão boa quanto a anterior, mas tem
andamentos de bateria muito inteligentes e criativos. A emulação da guitarra
faz uma mudança consistente e elegante de uma forma de tocar mais pomposa para
intervenções mais intimistas.
“Virgo”, o último, é curta e não chega a 3min. Apenas sintetizadores.
Considero como a faixa mais fraca dessa obra.
Se você possui o CD original da Kinetic Records, pode ignorar as duas
faixas bônus, "Branislana" e "So to Sleep". Muito irritante
o modo como são simples, e ambos não têm nada a ver com rock progressivo.
Uma dica: se você pesquisar no Spotify, procure pelo termo “First Signs” no título do álbum.
Faixas:
01. Aries (5:52)
02. Taurus (3:53)
03. Gemini (7:11)
04. Cancer (6:56)
05. Leo (8:35)
06. Virgo (2:27)
Bonus tracks:
07. Branislana (2:36)
08. And So to Sleep (2:09)
Duração: 39:39
Reeditado novamente em 2021 como "Definitive Edition - Remastered by Martin Russell". Apresentando uma capa ligeiramente diferente:
Faixas:
01. Aries (5:52)
02. Taurus (3:53)
03. Gemini (7:11)
04. Cancer (6:56)
05. Leo (8:35)
06. Virgo (2:27)
07. Despina (5:17)
08. Dmitri's Lament (5:58)
09. Taurus - 1989 remix (3:50)
10. Gemini - 1989 remix (7:09)
11. Cancer - 1989 remix (6:54)
12. Leo - 1989 remix (8:34)
13. Branislana (2:32)
14. And So to Sleep (2:05)
Duração: 77:13
Músicos:
- William Gilmour: teclados
- Martin Russell: baixo, teclados
- Grant McKay Gilmour: bateria e percussão
Capa: William Gilmour.
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