segunda-feira, março 4

CRAFT ● Craft ● 1984 ● Reino Unido [Symphonic Prog]


A banda CRAFT foi formada após William Gilmour (teclados) e Martin Russell (baixo, teclados) saírem do grupo de Prog Sinfônico THE ENID, e contratarem o baterista Grant McKay Gilmour. Esse é o único disco lançado pela banda, que logo em seguida encerrou as atividades. William, Martin e Grant continuaram envolvidos com música, entretanto não retomaram com o CRAFT, e tampouco estiveram em outro(s) projeto(s) relacionados com a Música Progressiva.

Até existe um pouco de semelhança entre esse álbum e os do THE ENID, como as execuções pomposas e o estilo, na linha do Progressivo Sinfônico. Falo isso pois conheço alguns dos discos da primeira década de existência do THE ENID. Entretanto, numa comparação mais detalhada com o CRAFT, despontam diversas diferenças. Este último tem muito mais equilíbrio entre os instrumentos, pois o THE ENID senta muito a mão nos sintetizadores.

A faixa de abertura, “Aries” começa com um ótimo fraseado no piano, que vai e vem ao longo da música, e também é usado pelo sintetizador. O diálogo entre as melodias é muito bom.

Uma combinação muito agradável de sintetizador, piano e som de baixo compõe a primeira parte da próxima faixa, "Taurus". O som do baixo e as melodias do piano dão um clima fino, animado, sem exageros. Suave e Elegante.

Que faixa excelente é “Gemini”! O baterista e o emulador de guitarra estão particularmente inspirados. Ambos se mantêm na composição, sem muitos solos, mas fazendo mudanças sutis nos ritmos e harmonias que enriquecem muito a composição. O baixo e algumas breves intervenções no piano completam esta grande música.

"Cancer", a faixa 4, é menos complexa. Tem, no entanto, alguns bons fraseados no emulador de guitarra, e a interação com o baterista está em alto nível. Seu final é bombástico, mas também inclui alguns breves temas de marcha.

A quinta faixa, "Leo", não é tão boa quanto a anterior, mas tem andamentos de bateria muito inteligentes e criativos. A emulação da guitarra faz uma mudança consistente e elegante de uma forma de tocar mais pomposa para intervenções mais intimistas.

“Virgo”, o último, é curta e não chega a 3min. Apenas sintetizadores. Considero como a faixa mais fraca dessa obra.

Se você possui o CD original da Kinetic Records, pode ignorar as duas faixas bônus, "Branislana" e "So to Sleep". Muito irritante o modo como são simples, e ambos não têm nada a ver com rock progressivo.

Uma dica: se você pesquisar no Spotify, procure pelo termo “First Signs” no título do álbum.

Faixas:
01. Aries (5:52)
02. Taurus (3:53)
03. Gemini (7:11)
04. Cancer (6:56)
05. Leo (8:35)
06. Virgo (2:27)
Bonus tracks:
07. Branislana (2:36)
08. And So to Sleep (2:09)
Duração: 39:39

Reeditado novamente em 2021 como "Definitive Edition - Remastered by Martin Russell". Apresentando uma capa ligeiramente diferente:

Faixas:
01. Aries (5:52)
02. Taurus (3:53)
03. Gemini (7:11)
04. Cancer (6:56)
05. Leo (8:35)
06. Virgo (2:27)
07. Despina (5:17)
08. Dmitri's Lament (5:58)
09. Taurus - 1989 remix (3:50)
10. Gemini - 1989 remix (7:09)
11. Cancer - 1989 remix (6:54)
12. Leo - 1989 remix (8:34)
13. Branislana (2:32)
14. And So to Sleep (2:05)
Duração: 77:13

Músicos:
- William Gilmour: teclados
- Martin Russell: baixo, teclados
- Grant McKay Gilmour: bateria e percussão

Capa: William Gilmour.

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