O ANALOGY foi uma banda de Psych/Space Rock fudanda na Itália em 1972, embora as raízes da banda tenham surgido na Alemanha, com alguns músicos nativos daquele país.
Martin Thurn, nasceu em 1950, na cidade alemã de Siegen, mudando-se para Bonn, ainda menino, com oito anos de idade onde morou até os dezoito anos e por lá começou a edificar a sua carreira de músico. A mãe era professora primária e o pai um juiz e sua família era caracterizada pelo forte catolicismo, criando uma espécie de antítese anárquica no garoto Martin que não gostava nem um pouco daquela realidade religiosa calcada em conservadorismos. A formação musical dele era puramente clássica, começando a tocar violino aos quatorze anos. Assim que Martin descobriu os BEATLES, ficou fascinado pelo Rock n’ Roll, fazendo-o largar as regulares aulas de violino e a sua vida "certinha". E para descobrir outras bandas foi um pulo, passando a ouvir THE WHO, PINK FLOYD, SMALL FACES, entre outras bandas que ajudou a edificar o músico Martin, mas, a sua formação clássica nunca o deixou, tendo traços desse momento de sua vida, desenhados na sua formação como músico.
No início de 1968, junto a alguns amigos, Martin formou a sua primeira banda, THE NUMBER SIX, que não vingou. Então, mudou-se para Varese, no mesmo ano, para frequentar uma escola internacional e imediatamente formou uma nova banda chamada SONS OF GIOVE, junto a um colega e compatriota que vivia desde pequeno em Varese, na Itália, o guitarrista e vocalista Wolfgang Schoene, Roger Schmitt no baixo e o belga Jean-Claude Sibel na bateria. O baixista Thomas Schmidt (futuramente no PELL MELL) também integrou o SONS OF GIOVE por um curto período de tempo. A banda tocou localmente por um ano e não conseguia decolar apesar de fazer uma boa quantidade de shows.
A namorada de Martin, (também alemã), Jutta Nienhaus, andava sempre com esse grupo de estudantes e descobriu sua aptidão pela música, dizia que queria seguir a carreira de cantora e decidiu, junto com Martin, formar uma dupla chamada Jutta & Martin, após o fim da SONS OF GIOVE. Jutta & Martin realizaram muitos shows, gravaram um single cover do Juke-Box ("Here to You/Hot Love" com uma banda italiana chamada ALTA SOCIETÁ e, a partir daí, decidiram que queriam dar um upgrade na sua música. Eles perceberam que poderiam fazer algo maior, tinham capacidade para isso. Quando o irmão de Jutta, Hermann-Jürgen "Mops" Nienhaus aprendeu a tocar bateria para acompanhar seu amigo, o italiano Mauro Rattaggi, baixista, que tocava em uma banda chamada THE RIVERBOYS, juntaram-se para formar o que de fato seria o embrião do ANALOGY, o THE JOICE.
A formação do YOICE era composta por Jutta, o seu irmão "Mops", Mauro e Martin e assim permaneceu, em quarteto, entre abril e setembro de 1970, antes de Wolfgang Schoene se juntar a banda tocando violão. Tiveram a sorte de conseguir um contrato que os levou a tocar no norte da Itália e na Suíça, fazendo até dois shows por dia! Então, com isso, conseguiram algum dinheiro para comprar um PA de qualidade e aumentar a banda, assim, em 1971, o tecladista italiano Nicola Pankoff se juntou ao THE JOICE durante um show ao ar livre! Sim, a sua estreia foi logo em um show importante para a banda e Pankoff tinha, anteriormente, tocado com sua banda. A química foi tão boa que não poderiam deixar o tecladista passar batido e logo este se juntou a banda. Durante um show em Milão, em 1971, na Páscoa daquele ano, Antonio Cagnola, um empresário de Monza, que havia fundado o pequeno selo Dischi Produzioni 28, se interessou muito pela banda. Sua família possuía a fábrica de impressão de discos Microwatt em Vimercate, perto de Monza, e, portanto tinha boas conexões com muitos negócios musicais italianos, incluindo uma das maiores empresas de distribuição, a Messagerie Musicali, posteriormente adquirida pela CBS. No início de maio, a banda gravou duas faixas demo chamadas "God Own Land" e "Hey Joe" em um estúdio de Milão, mas a qualidade era tão ruim que não ajudou muito na divulgação da banda. O THE JOICE finalmente assinou contrato de gravação com a Produzioni 28 e a partir daí a banda continuou a tocar de forma ininterrupta.
Nesse tempo os musicos decidiram reduzir o nome da banda para YOICE. Eles estavam gravando as músicas para o novo álbum e estavam seguindo um caminho meio obscuro e soturno que os produtores achavam que não poderiam vender. Como o single era bem comercial, a banda queria mudar a sua imagem de acordo com o seu desenvolvimento sonoro e o nome YOICE de alguma forma representava seu "velho" estilo. Por curiosidade o nome YOICE foi o nome que foi para o pôster de forma acidental e a banda decidiu manter por achar que era o caminho mais fácil, mas que ficou por pouco tempo. Para se desvencilhar desse nome a banda se isolou por uma semana em uma cabana na montanha perto do Lago Maggiore para fazer certo corte com esse passado, surgindo daí o nome ANALOGY. Mauro Rattaggi, o baixista, teve que sair da banda para assumir seus compromissos militares obrigatórios e Wolfgang teve que trocar a guitarra pelo baixo.
O primeiro show após a gravação e mudança de nome foi o Festival Villa Pamphili, em Roma, em maio de 1972. E assim surge o debut do ANALOGY, lançado em 1972 recebendo o nome de "Analogy". Os produtores estavam irritados com o resultado do álbum: um som pouco comercial, obscuro e ameaçador. "Analogy" apresenta um Rock Progressivo, com pitadas generosas de psych, e algumas viagens experimentais, trazendo à tona a predileção pelo PINK FLOYD nos seus primórdios. Decidiram não investir tanto, pensando que não teria o retorno esperado. O dinheiro estava acabando e a banda decidiu gravar e mixar o álbum em apenas dois dias! Além do trabalho sonoro maravilhoso o que também chama e muito a atenção é a arte gráfica do álbum, a sua capa com os integrantes todos nus.
A capa do single e do primeiro álbum são bem parecidas. A seção de fotos aconteceu pouco antes do lançamento do single quando a banda estava pintada, mas também vestida. As fotos com a banda nua foram feitas no mesmo dia, mas não foram usadas, por conta do conservadorismo na Itália no início da década de 1970. Quando o disco estava para ser lançado, o produtor decidiu usar a foto, para contrariar. A foto de Mauro Rattaggi foi removida, usando a faixa azul, pois não tinha um trabalho digital para remover. A banda não aprovou essa capa, pois o tecladista Nicola Pankoff era um exímio pintor e a banda queria usar o talento dele, mas os gerentes da gravadora recusaram. A banda teve problemas com as vendas dos álbuns, pois as lojas não queriam vender "pornografias”, então colocaram uma espécie de pôster para cobrir a capa. Em 2010, o selo italiano MAS/BTF relançou o álbum com a mesma embalagem de pôster.
Martin Thurn, nasceu em 1950, na cidade alemã de Siegen, mudando-se para Bonn, ainda menino, com oito anos de idade onde morou até os dezoito anos e por lá começou a edificar a sua carreira de músico. A mãe era professora primária e o pai um juiz e sua família era caracterizada pelo forte catolicismo, criando uma espécie de antítese anárquica no garoto Martin que não gostava nem um pouco daquela realidade religiosa calcada em conservadorismos. A formação musical dele era puramente clássica, começando a tocar violino aos quatorze anos. Assim que Martin descobriu os BEATLES, ficou fascinado pelo Rock n’ Roll, fazendo-o largar as regulares aulas de violino e a sua vida "certinha". E para descobrir outras bandas foi um pulo, passando a ouvir THE WHO, PINK FLOYD, SMALL FACES, entre outras bandas que ajudou a edificar o músico Martin, mas, a sua formação clássica nunca o deixou, tendo traços desse momento de sua vida, desenhados na sua formação como músico.
No início de 1968, junto a alguns amigos, Martin formou a sua primeira banda, THE NUMBER SIX, que não vingou. Então, mudou-se para Varese, no mesmo ano, para frequentar uma escola internacional e imediatamente formou uma nova banda chamada SONS OF GIOVE, junto a um colega e compatriota que vivia desde pequeno em Varese, na Itália, o guitarrista e vocalista Wolfgang Schoene, Roger Schmitt no baixo e o belga Jean-Claude Sibel na bateria. O baixista Thomas Schmidt (futuramente no PELL MELL) também integrou o SONS OF GIOVE por um curto período de tempo. A banda tocou localmente por um ano e não conseguia decolar apesar de fazer uma boa quantidade de shows.
A namorada de Martin, (também alemã), Jutta Nienhaus, andava sempre com esse grupo de estudantes e descobriu sua aptidão pela música, dizia que queria seguir a carreira de cantora e decidiu, junto com Martin, formar uma dupla chamada Jutta & Martin, após o fim da SONS OF GIOVE. Jutta & Martin realizaram muitos shows, gravaram um single cover do Juke-Box ("Here to You/Hot Love" com uma banda italiana chamada ALTA SOCIETÁ e, a partir daí, decidiram que queriam dar um upgrade na sua música. Eles perceberam que poderiam fazer algo maior, tinham capacidade para isso. Quando o irmão de Jutta, Hermann-Jürgen "Mops" Nienhaus aprendeu a tocar bateria para acompanhar seu amigo, o italiano Mauro Rattaggi, baixista, que tocava em uma banda chamada THE RIVERBOYS, juntaram-se para formar o que de fato seria o embrião do ANALOGY, o THE JOICE.
A formação do YOICE era composta por Jutta, o seu irmão "Mops", Mauro e Martin e assim permaneceu, em quarteto, entre abril e setembro de 1970, antes de Wolfgang Schoene se juntar a banda tocando violão. Tiveram a sorte de conseguir um contrato que os levou a tocar no norte da Itália e na Suíça, fazendo até dois shows por dia! Então, com isso, conseguiram algum dinheiro para comprar um PA de qualidade e aumentar a banda, assim, em 1971, o tecladista italiano Nicola Pankoff se juntou ao THE JOICE durante um show ao ar livre! Sim, a sua estreia foi logo em um show importante para a banda e Pankoff tinha, anteriormente, tocado com sua banda. A química foi tão boa que não poderiam deixar o tecladista passar batido e logo este se juntou a banda. Durante um show em Milão, em 1971, na Páscoa daquele ano, Antonio Cagnola, um empresário de Monza, que havia fundado o pequeno selo Dischi Produzioni 28, se interessou muito pela banda. Sua família possuía a fábrica de impressão de discos Microwatt em Vimercate, perto de Monza, e, portanto tinha boas conexões com muitos negócios musicais italianos, incluindo uma das maiores empresas de distribuição, a Messagerie Musicali, posteriormente adquirida pela CBS. No início de maio, a banda gravou duas faixas demo chamadas "God Own Land" e "Hey Joe" em um estúdio de Milão, mas a qualidade era tão ruim que não ajudou muito na divulgação da banda. O THE JOICE finalmente assinou contrato de gravação com a Produzioni 28 e a partir daí a banda continuou a tocar de forma ininterrupta.
Nesse tempo os musicos decidiram reduzir o nome da banda para YOICE. Eles estavam gravando as músicas para o novo álbum e estavam seguindo um caminho meio obscuro e soturno que os produtores achavam que não poderiam vender. Como o single era bem comercial, a banda queria mudar a sua imagem de acordo com o seu desenvolvimento sonoro e o nome YOICE de alguma forma representava seu "velho" estilo. Por curiosidade o nome YOICE foi o nome que foi para o pôster de forma acidental e a banda decidiu manter por achar que era o caminho mais fácil, mas que ficou por pouco tempo. Para se desvencilhar desse nome a banda se isolou por uma semana em uma cabana na montanha perto do Lago Maggiore para fazer certo corte com esse passado, surgindo daí o nome ANALOGY. Mauro Rattaggi, o baixista, teve que sair da banda para assumir seus compromissos militares obrigatórios e Wolfgang teve que trocar a guitarra pelo baixo.
O primeiro show após a gravação e mudança de nome foi o Festival Villa Pamphili, em Roma, em maio de 1972. E assim surge o debut do ANALOGY, lançado em 1972 recebendo o nome de "Analogy". Os produtores estavam irritados com o resultado do álbum: um som pouco comercial, obscuro e ameaçador. "Analogy" apresenta um Rock Progressivo, com pitadas generosas de psych, e algumas viagens experimentais, trazendo à tona a predileção pelo PINK FLOYD nos seus primórdios. Decidiram não investir tanto, pensando que não teria o retorno esperado. O dinheiro estava acabando e a banda decidiu gravar e mixar o álbum em apenas dois dias! Além do trabalho sonoro maravilhoso o que também chama e muito a atenção é a arte gráfica do álbum, a sua capa com os integrantes todos nus.
A capa do single e do primeiro álbum são bem parecidas. A seção de fotos aconteceu pouco antes do lançamento do single quando a banda estava pintada, mas também vestida. As fotos com a banda nua foram feitas no mesmo dia, mas não foram usadas, por conta do conservadorismo na Itália no início da década de 1970. Quando o disco estava para ser lançado, o produtor decidiu usar a foto, para contrariar. A foto de Mauro Rattaggi foi removida, usando a faixa azul, pois não tinha um trabalho digital para remover. A banda não aprovou essa capa, pois o tecladista Nicola Pankoff era um exímio pintor e a banda queria usar o talento dele, mas os gerentes da gravadora recusaram. A banda teve problemas com as vendas dos álbuns, pois as lojas não queriam vender "pornografias”, então colocaram uma espécie de pôster para cobrir a capa. Em 2010, o selo italiano MAS/BTF relançou o álbum com a mesma embalagem de pôster.
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